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Pós-BC, mercado eleva os juros futuros

Em entrevista à Folha, presidente do BC reforçou meta de baixar inflação; mercado prevê alta maior na Selic

Juros têm forte alta nos EUA, puxando as taxas ao redor do mundo; analista critica BC por parecer mudar discurso

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um final de semana estragado. Foi assim que o mercado retomou ontem os negócios após o Banco Central surpreender ao elevar a taxa Selic de 7,5% para 8,0%, na noite da última quarta-feira.

A previsão era de elevação menor no juro, para 7,75%, por causa do resultado fraco do PIB (alta de 0,6% em relação ao trimestre anterior), anunciado naquela manhã.

A diferença de 0,25 ponto causou um prejuízo considerável para quem contava com um BC mais tolerante à inflação e preocupado com o desaquecimento econômico.

A tese perdeu mais adeptos ontem, após o presidente do BC, Alexandre Tombini, dizer em entrevista à Folha que quer levar a inflação abaixo de 5% em 2014.

"Para cumprir isso, o BC vai ter de ser mais rigoroso com os juros. Estragou o final de semana prolongado", disse Francisco Carvalho, da corretora Liquidez.

"Ninguém entende mais o BC. Uma hora a preocupação é o PIB, na outra, a inflação", diz Roberto Paschoal, da Fair.

JUROS GLOBAIS

Nos EUA, os juros também subiram, puxando as taxas ao redor do mundo. Os títulos do governo americano de dez anos foram negociados com taxa de 2,16% ao ano -em 1º/5, estavam em 1,631%.

O resultado ontem foi uma corrida geral. Os juros negociados para janeiro de 2014 subiram de 8,06% para 8,44% -indicando que o mercado espera mais um aumento de 0,5 ponto em 2013.

Para janeiro de 2023, contrato que reflete a expectativa de longo prazo para os juros, as taxas saltaram de 10,34% para 10,54%.

Esse patamar sugere que o BC terá de fazer cinco aumentos de 0,5 ponto para manter a inflação enquadrada.


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