Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Com incertezas, viajante deve fracionar a compra de dólares

Estratégia possibilita aproveitar preços mais vantajosos em caso de melhora de cenário

Consultores afirmam, porém, que moeda não deve ser encarada como investimento por pequeno poupador

MARIA PAULA AUTRAN DE SÃO PAULO DANIELLE BRANT COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diante da proximidade das férias de julho e da subida recente do dólar em relação ao real, quem pretende viajar deve fracionar a compra, afirmam especialistas.

Na avaliação de consultores ouvidos pela Folha, como o momento é de incertezas no mercado de câmbio --não se sabe ao certo por quanto tempo a valorização do dólar deve durar--, o comprador deve buscar um preço médio.

"Para isso, deve comprar em lotes, dependo do prazo da viagem. É uma maneira de não fazer um mau negócio, embora ele possa não ser ótimo", diz Mauro Halfeld, professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

"Se é um volume grande e a pessoa tem tempo, é melhor comprar um pouco agora e um pouco depois, até para não pesar no orçamento", afirma Ricardo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Por outro lado, não vale a pena arriscar a viagem especulando sobre o câmbio, diz o educador financeiro Mauro Calil. Ele recomenda comprar assim que se tenha o dinheiro, no caso de uma viagem.

Os consultores afirmam, porém, que as variações da moeda americana têm mais impacto para quem negocia grandes volumes.

"A oscilação de centavos do dólar é importante para quem negocia milhões. O pequeno investidor que vai viajar não deve pensar nisso", afirma Calil.

Alguns especialistas orientam levar um pouco em cada meio. O dinheiro vivo é recomendado para quem não tem ideia de quanto vai gastar na viagem, já que é de fácil controle, não tem imposto e é importante para pequenos gastos, como um táxi.

Os cartões pré-pagos também são fáceis de controlar e têm IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) menor que o cartão de crédito --0,38% antes 6,38%.

INVESTIMENTOS

Para investidores, o dólar foi a melhor aplicação de maio, com alta de 6,80% no mês, mas os especialistas dizem que ele não deve ser encarado como uma aplicação pelo pequeno poupador.

"Aconselho aplicações atreladas ao dólar a quem terá um gasto na moeda, como um curso no exterior. No histórico mais longo, a moeda perde da taxa de juros brasileira", diz a consultora financeira Marcia Dessen.

"O dólar é cavalo azarão e, de vez em quando, ganha o ranking dos investimentos atraindo enorme atenção. Mas, no longo prazo, é mau negócio", diz Halfeld.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página