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Valorização nos preços dos aluguéis no Rio chega a 25%

Em São Paulo, alta em novos contratos segue ritmo menor desde o ano passado

Pressão de demanda é mais forte no mercado carioca devido a eventos esportivos, como Copa e Olimpíada

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Com a disparada no preço das diárias de hotéis e a demanda crescente pela aproximação de grandes eventos, o mercado de locação residencial no Rio vive um momento de forte valorização.

A alta nos preços dos novos contratos chegou a 25% em maio na comparação anual, caso dos imóveis da Gávea (zona sul).

Ao mesmo tempo, há mais imóveis para locação: o crescimento da oferta foi de 25% no mês na comparação com o mesmo período de 2012.

"Como há grande número de interessados em alugar, os preços não cedem", diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi do Rio (sindicato da habitação).

Para proprietários de imóveis que locam o bem como forma de investimento, o cenário é positivo. Além de fecharem contratos com valores mais altos, há ainda a possibilidade de ganhos pela valorização do bem.

O percentual de rentabilidade, no entanto, mantém-se entre 0,3% e 0,5% do valor da unidade. Isso porque, apesar da alta no aluguel, os preços para venda também tiveram forte aumento.

Os especialistas, no entanto, ponderam que a valorização deve ser menor nos próximos meses, tanto para venda quanto locação. "Já chegamos a um patamar muito elevado", diz Schneider.

Em São Paulo, o percentual de retorno é semelhante ao do Rio, mas o quadro do mercado de locação é outro. A alta nos novos contratos de aluguel em São Paulo segue ritmo menor, com desaceleração desde o ano passado.

A última pesquisa disponível, referente a abril, indicou expansão média de 7,96% nos últimos 12 meses. O número ficou muito próximo dos 7,30% do IGP-M, que reajusta a maior parte dos contratos em andamento.

"O mercado de São Paulo está se readequando", afirma Mark Turnbull, diretor de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP. A euforia do mercado imobiliário perdeu força na cidade, após as altas que ocorreram nos últimos anos.

DEMANDA

Além disso, não há na capital paulista a mesma pressão de demanda que no Rio. O fluxo de empresários, executivos e turistas na capital fluminense é intenso. Entre os eventos previstos, haverá a Copa da Confederações neste ano e, no seguinte, a do Mundo. Em 2016, é a vez das Olimpíadas.

De acordo com Schneider, as empresas estão entre as responsáveis pela pressão.

"A locação é alternativa aos altos preços dos hotéis. Muitas empresas preferem alugar imóveis e colocá-los à disposição de seus executivos em viagens", diz.

Em janeiro deste ano, a diária média atingiu R$ 471, alta de 32% na comparação com o mesmo mês de 2012. Nos hotéis com cinco estrelas, a média ficou em R$ 777. Os dados são da ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis).

Nos jornais, é comum encontrar nas páginas de classificados empresas em busca de apartamentos. Curiosamente, o anúncio é colocado no mesmo lugar das ofertas.

O cenário poderia ser ainda mais crítico não fosse o aumento da oferta de imóveis, o que ocorreu em todos os meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2012.

Com o preço para venda em patamar elevado, muitos proprietários estão com dificuldades em encontrar interessados em comprar, sendo levados para o aluguel por causa de custos de manutenção, como o IPTU e o condomínio, afirma o especialista do Secovi.


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