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EUA e Japão derrubam Bolsas no mundo

Principal índice do mercado de ações do Brasil fecha abaixo de 50 mil pontos pela 1ª vez desde agosto de 2011

Japão não ampliou estímulos econômicos e frustrou investidores; dúvidas sobre EUA também pressionam

CAROLINA MATOS TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dúvidas sobre o futuro de medidas de estímulo a economias importantes, como EUA e Japão, derrubaram Bolsas do mundo todo ontem, com reflexo na do Brasil.

O principal índice local, o Ibovespa, caiu 3% para o menor nível desde 8 de agosto de 2011: 49.769 pontos.

A desvalorização para menos de 50 mil pontos é um marco preocupante para quem aplica na BM&FBovespa, que não tem conseguido se recuperar desde a crise financeira global de 2008.

Naquele ano, o Ibovespa chegou a 73.516 pontos, o máximo histórico.

Ontem, a fuga dos investidores de alternativas consideradas de maior risco, como ações, foi generalizada.

Havia nos mercados a aposta de que o BC japonês anunciaria novas medidas de estímulo, o que não ocorreu, frustrando expectativas.

Além disso, permanece a perspectiva de que o BC americano possa reduzir os estímulos monetários nos EUA e, depois, subir os juros do país (hoje próximos de zero).

Nesse contexto, títulos públicos americanos, remunerados pela taxa de juros e considerados de baixo risco, passam a ser mais atraentes.

No cenário brasileiro, são fatores de pressão o Produto Interno Bruto (PIB) fraco e a inflação alta, além da ameaça da agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's de reduzir a nota atribuída ao país.

RISCO BRASIL

O comportamento de um instrumento financeiro chamado CDS (Credit Default Swap), espécie de seguro contratado pelos investidores contra calotes, mostra que os estrangeiros estão mais desconfiados do Brasil.

O CDS mais negociado do país subiu para 178,7 pontos ontem, saindo de 171,5 no dia anterior. Há 30 dias, estava em 106,5 pontos.

Isso significa que, ontem, para proteger US$ 10 milhões emprestados a uma instituição brasileira por um ano, o investidor pagava US$ 171,5 mil pelo seguro. Há 30 dias, esse valor era de US$ 106,5 mil. Quanto maior o risco percebido, maior o preço.

Como base de comparação, o CDS do México subiu para 136,8 pontos, de 130,5 na véspera. E o do Peru, para 145,5 pontos, de 135,6 pontos.

Para analistas, deve haver fuga de recursos estrangeiros do Brasil pelo menos até que se definam os estímulos em países desenvolvidos.

O dólar abriu o dia em alta ontem no Brasil, o que levou o BC a fazer duas intervenções para conter a cotação. A moeda fechou em queda de 0,21%, a R$ 2,142.


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