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Mesmo 'atrasados' para a Copa, hotéis ainda miram Brasil

Grupos internacionais negociam com investidores e franqueados para trazer novas bandeiras ao país

Interessados incluem redes americanas e a espanhola Hotusa, que prevê abrir 50 hotéis dentro de três anos

MARIANNA ARAGÃO DE SÃO PAULO

Mesmo com a economia em desaceleração e já tendo perdido o "timing" para a Copa do Mundo, que começa dentro de um ano, o interesse de grupos hoteleiros internacionais por empreendimentos no Brasil continua.

Pelo menos três grandes grupos estrangeiros negociam atualmente com investidores e administradores do setor de hotéis para a abertura de unidades e introdução de nova marcas no país.

Um dos interessados é o norte-americano La Quinta Inn & Suites, que busca se instalar em cidades médias do interior brasileiro nos próximos anos.

Segundo Edgar Garin, diretor de desenvolvimento de franquias para a América Latina, a companhia pretende anunciar o primeiro investimento no país até o início do próximo ano.

"Estamos com algumas negociações avançadas com investidores, para a construção dos empreendimentos, e com os franqueados interessados em operar a marca", diz ele.

A empresa tem mais de 800 hotéis nos Estados Unidos, Canadá e México e atua sob o modelo de franquias.

ATRASADOS

De acordo com Garin, o interesse no país não está relacionado aos grandes eventos esportivos, mas à demanda de turistas e executivos brasileiros por hotéis, que "não para de crescer".

"Se fosse pela Copa [em 2014], estaríamos atrasados. Nossa aposta no Brasil é de longo prazo", afirma o executivo, que cita o crescimento de renda da nova classe média brasileira e o aumento das viagens de negócios, principalmente no Estado do Rio.

Outro grupo que está desembarcando no país é o espanhol Hotusa, que tem 125 hotéis sob administração direta e outros 2.400 geridos por terceiros em 50 países.

Segundo Xavier Cortés, diretor de desenvolvimento, o plano de negócios da companhia prevê a inauguração de 50 empreendimentos no país nos próximos três anos.

Um primeiro hotel, que levará a marca Eurostars (de quatro a cinco estrelas), está em construção em Brasília. Localizado às margens do Lago Paranoá, o empreendimento deve ser inaugurado no final de 2014.

"Buscamos mercados emergentes com demanda em expansão, e o Brasil é um de nossos focos", diz Cortés.

A empresa é dona de bandeiras como Exe (executiva), Eurostars (quatro a cinco estrelas) e Ikonik (econômico).

Há ainda espaço para o setor de hotéis boutique, acredita o grupo Trust Hospitality, dona da rede Indie Boutique & Resorts, que chegou no Brasil há dois anos.

Com quatro unidades no país, na Bahia, a empresa negocia um projeto de R$ 30 milhões no Rio de Janeiro, com previsão de abertura no final de 2014, diz Egbert Bloemsa, diretor-geral da rede no país.

A Trump Organization, do empresário americano Donald Trump, também planeja investir no mercado de hotelaria de luxo no país.

Segundo Serena Rakhlin, vice-presidente para as Américas da Trump Organization, a empresa negocia atualmente dois projetos na área de hotelaria com parceiros locais.

Em 2012, o grupo anunciou a construção de torres comerciais na região portuária do Rio, em sociedade com a construtora nacional MRB.

POUCA OFERTA

Para José Ernesto Marino, presidente da BSH International, consultoria especializada em hotelaria, a demanda por quartos de hotéis no Brasil, muito maior que a oferta, explica o interesse dos grupos estrangeiros.

Segundo o executivo, um sinal desse desequilíbrio é a alta das tarifas de hotéis nos últimos anos, de 15% ao ano, em média.


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