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Análise

Cronograma aventado por Bernanke traz mais dúvidas do que certezas

LUCIANA COELHO DE SÃO PAULO

O otimismo de Ben Bernanke e sua menção ao fim do programa de recompra de títulos da dívida pelo Federal Reserve estão longe de possibilitar prognósticos precisos.

É fato que Bernanke deu, pela primeira vez, um horizonte de tempo às ações que o Fed iniciou em setembro para estimular a economia.

A ideia, se a retomada seguir como está, é reduzir a recompra (hoje em US$ 85 milhões/mês) no próximo semestre, com vistas a encerrá-las no meio de 2014.

Mas o próprio presidente do Fed parece ter se arrependido de citar datas. Indagado por repórteres, disse ser um erro fixar cronogramas.

As medidas do Fed, frisou, seguem a maré econômica: se o vento muda, tudo é revisto. "As compras [de títulos] estão atreladas ao ritmo da recuperação." E o ritmo da recuperação, ainda que melhor, tem se mostrado irregular.

Bernanke também trouxe dúvida sobre a expectativa de desemprego, que desde dezembro baliza a política de juros. A taxa básica, entre zero e 0,25% ao ano desde 2008, só subiria se o índice caísse a 6,5% (hoje é de 7,6%).

Ontem ele citou 7% ao se referir ao fim do programa de recompras, o que levou investidores e analistas a questionar se também a alta dos juros pode vir mais cedo. Na nova projeção do Fed, essa marca pode ser atingida já em 2014 --e não só em 2015, como previsto em março.

Se isso ocorrer (as projeções econômicas americanas têm sido voláteis), o mercado de juros dos EUA pode voltar a ser mais atraente para os investidores internacionais.

É má notícia para o Brasil.


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