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Profusão de senhas faz segurança virtual movimentar bilhões

Só no setor bancário, o mais vulnerável, gastos saíram de R$ 1,2 bilhão em 2008 para R$ 2 bilhões em 2012

Smartphones, hoje utilizados por poucos clientes, devem deixar o mercado ainda maior nos próximos anos

SHEILA D'AMORIM FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

À medida que a informatização ocupa espaço no dia a dia das pessoas, cresce também a quantidade de senhas para administrar.

E, se os crimes cibernéticos impulsionam essa ditadura das senhas, eles também são responsáveis por estimular uma indústria que investe bilhões para garantir a segurança das informações.

Apenas no setor bancário no Brasil, onde estão dados considerados mais sensíveis, os investimentos em segurança foram de R$ 2 bilhões em 2012.

Em 2008, segundo pesquisa realizada pela Febraban, foi cerca de R$ 1,2 bilhão. E com o avanço do uso de smartphones como meio de pagamento, o mercado se torna ainda mais promissor.

Para ter ideia, o Banco do Brasil, maior instituição financeira de varejo do país, tem cadastrados apenas 1 milhão de smartphones, pouco mais de 2% da base de clientes, que contabiliza 38 milhões de contas correntes.

E a cada novo canal que surge no mundo virtual, uma nova senha vem junto. Em média, segundo consultorias especializadas, o brasileiro tem cinco senhas. Mas esse número pode facilmente triplicar a depender do nível de interação com a internet.

Além de bancos, emails e redes sociais, quem faz compras online acumula mais senhas. O uso de aplicativos como Skype, para videoconferência com amigos e parentes, também representa mais uma senha na lista.

A advogada Cíntia Ternes, 44, tem até aplicativo (acessado por meio de senha) em que guarda as 20 senhas que precisa administrar.

"É de enlouquecer. Tenho raiva disso", reclama a aposentada Marlene Santos, 67. Para administrar 12 senhas diz que anota tudo num caderninho. "Mesmo assim, acabei bloqueando vários cartões".

Assim, a necessidade de segurança das bases de dados ganha importância.

"A segurança já é um aspecto do negócio. Hoje tudo está na internet e todos estão preocupados com isso", argumenta Carlos Pádua, vice-presidente de desenvolvimento e tecnologia da Diebold Brasil, uma das maiores empresas de automação bancária.

Segundo ele, há uma década, a parte de segurança correspondia a 2% do valor final de um produto nessa área. "Agora, é cerca de 20%."

Com o uso cada vez maior da internet e o surgimento dos mercados virtuais, aumenta exponencialmente o volume de informações digitais com o qual as empresas precisam lidar.

Em busca de espaço e segurança, surgem alternativas como a computação em nuvem, ainda tímida no Brasil. A estimativa, segundo Ivan Semkovski, da empresa de tecnologia Globalweb, é de que até 2015, 10% dos produtos de segurança de informação corporativa estejam disponibilizados na nuvem --hoje, é cerca de metade disso.

Ele afirma que o investimento mundial nessa área será de US$ 4 bilhões nos próximos três anos.

"As informações estão ficando cada vez mais complexas: num site de compra a pessoa quer ver a imagem do produto em 3D, ver opiniões de quem comprou. Um único produto tem um tráfego grande de informações que as empresas estão mandando para nuvem", explica.


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