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Petrobras pode usar capital chinês para refinaria no MA

Projeto de mais de US$ 20 bilhões quer reduzir dependência do país em derivados

DENISE LUNA DO RIO

Com dificuldade de financiar integralmente seus projetos, a Petrobras anunciou ontem que assinou carta de intenções com a empresa de energia chinesa Sinopec, a fim de estudar possível parceria na refinaria Premium 1 da empresa, no interior do Estado do Maranhão. Esse é um projeto avaliado em mais de US$ 20 bilhões.

O anúncio acontece nove dias após a empresa anunciar outra possível parceria semelhante, com a sul-coreana GS Energy na refinaria Premium 2, no Ceará, projeto de US$ 11 bilhões.

A busca por parceiros para dividir os altos custos das unidades é fundamental para viabilizar a construção e com isso reduzir a dependência externa do Brasil em derivados, principalmente diesel e gasolina.

Sem as duas refinarias, o país terá que importar 972 mil barris diários de derivados em 2020, devido à projeção de uma demanda de 3,3 milhões de barris por dia.

IMPORTAÇÃO

Atualmente as importações giram em torno dos 400 mil barris diários para uma demanda de cerca de 2,2 milhões diários.

No ano passado, a Petrobras teve um prejuízo de R$ 22,9 bilhões na área de abastecimento, causado pela defasagem entre o preço praticado no mercado interno e o preço do petróleo no mercado internacional.

Apesar de necessárias para reduzir esse déficit, as duas refinarias haviam sido colocadas em avaliação no Plano de Negócios da Petrobras para o período 2013-2017, que prevê investimentos totais de US$ 236,5 bilhões.

De acordo com a estatal, os acordos com as duas empresas asiáticas "não geram obrigações entre as partes de firmar futuros acordos comerciais ou operacionais após os estudos de viabilidade".

AUMENTO DA PRODUÇÃO

A refinaria Premium 1 terá capacidade para processar 600 mil barris diários em duas etapas.

A previsão é que o equipamento de refino para os primeiros 300 mil barris de petróleo entre em operação em outubro de 2017.

A segunda etapa, de mais 300 mil barris diários, está prevista apenas para outubro de 2020, quando a Petrobras estima estar produzindo cerca de 4,2 milhões de barris por dia de petróleo, ajudada pela produção na região do pré-sal da bacia de Santos.

A Premium 2 processará 300 mil barris por dia a partir de dezembro de 2017.

Com a finalização das duas refinarias, voltadas prioritariamente para produção de diesel, mais o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), com 465 mil barris por dia e a Refinaria Abreu e Lima, com 230 mil barris por dia, em Pernambuco, há anos em construção, a Petrobras terá, capacidade de refinar 3,6 milhões de barris diários em 2020. A capacidade atual é de 2,1 milhões de barris por dia.


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