Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Brasileira vai integrar chefia da News Corp. em momento-chave

Ana Paula Pessoa trabalhou 18 anos para as Organizações Globo

NELSON DE SÁ DE SÃO PAULO

Uma brasileira vai integrar o conselho da News Corp., o conglomerado de mídia do australiano Rupert Murdoch. Ana Paula Pessoa, 46, assume o cargo quando a empresa se divide em duas.

A partir desta semana, o braço que reunirá os canais de TV e estúdios de cinema passa a responder como 21st Century Fox; e o dos ativos de imprensa (como o "Wall Street Journal") e de educação mantém o nome original.

Pessoa, que chefiou a área financeira de várias empresas das Organizações Globo por quase 20 anos, estará no comando do segundo braço.

"A razão do convite foi meu histórico em mídia no Brasil", avalia. Na Globo, foi por dois anos diretora financeira da Sky, operadora de TV paga com Murdoch como sócio.

A executiva se encontrou com o magnata algumas vezes nos últimos anos, mas o convite teria vindo mais pelo contato com o presidente-executivo da nova News Corp., Robert Thomson, que chefiou a redação do "WSJ".

Foram muitas as conversas sobre "o que estavam fazendo no WSJ' e a transformação dos jornais", sobretudo "como viabilizar negócios na migração para o digital".

Com Murdoch, falou "sobre o mundo e sobre educação, foco da nova empresa".

O conselho da News Corp. terá ainda Joel Klein, ex-secretário de educação de Nova York, e será multinacional (conta com um indiano e um italiano). "Eles buscaram uma visão global", diz ela.

MUNDO AFORA

Ao deixar a Globo, há dois anos, Pessoa criou um fundo e investiu numa start-up que criou um buscador de comércio eletrônico. Também abriu no Brasil o escritório da Brunswick, consultoria de comunicação estratégica.

A ex-atleta do Flamengo, formada pela Escola Americana do Rio estudou economia na prestigiada Universidade Stanford, na Califórnia.

Entre os EUA e o resto do mundo, passou uma década fora do país. "Morei no Benin e viajei pela África inteira, no início das campanhas anti-Aids", lembra. No final, chegou a atuar na montagem do sistema bancário do Benin.

Também estudou e trabalhou em Nova York, na Berlim dividida pelo muro, na Itália e no México. Retornou ao Rio pós-graduada em economia e entrou na Globo.

Sairia 18 anos depois, para "olhar coisas novas" e voltar à estrada: passou três meses na China, e chegou a procurar escola em Xangai para os filhos, Ana Beatrix, 14, e João Paulo, 11. "Mas meu marido falou: na China, não'."

O trabalho na nova News Corp. deve tirá-la do Brasil só seis vezes por ano, prevê.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página