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Bolsa de SP tem pior semestre desde 2008

Ibovespa fecha período com queda de 22,14%; alta do dólar deixa fundos cambiais no topo do ranking de investimentos

Pequeno investidor não deve concentrar apostas nessas opções, que são instáveis, afirmam consultores

MARIA PAULA AUTRAN DE SÃO PAULO DANIELLE BRANT COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ANDERSON FIGO

Com desvalorização de 22,14%, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve o pior semestre desde a segunda metade de 2008 --quando caiu 42,25%-- e está na lanterna entre os investimentos no ano.

Em segundo entre os piores, aparece o ouro (-19,27%).

Na ponta positiva do ranking, a alta do dólar levou os fundos cambiais a serem a aplicação mais rentável. A moeda à vista, referência nas negociações do mercado financeiro, teve alta de 8,44% no semestre, mesmo percentual acumulado pelos fundos.

Descontado o Imposto de Renda para resgate após 12 meses, o ganho dos fundos cambiais cai para 6,96%. A inflação até maio pelo IPCA ficou em 2,88% e a projetada para junho é de 0,32%.

Para o administrador de investimentos Fabio Colombo, o dólar deve continuar subindo em razão da melhora da economia dos EUA --que tende a atrair aplicações, em detrimento de países emergentes-- e do deficit da balança comercial e de transações correntes do Brasil.

Ele afirma que a Bolsa é hoje uma opção barata, mas diz que não é possível prever quando ela vai se recuperar.

A planejadora financeira Marcia Dessen faz um alerta: os pequenos investidores não devem concentrar as economias na Bolsa ou no dólar.

"São mercados instáveis, indicados somente para investidores experientes e para aplicação de parte dos recursos financeiros, como estratégia de diversificação."

Para Dessen, o investimento em dólar só é recomendado quando a pessoa tem o objetivo de fazer algum gasto na moeda, como uma viagem ou um curso no exterior.

FUNDOS

No mercado de renda fixa, os fundos DI e de renda fixa tiveram rentabilidade média no semestre, sem desconto de IR, de 3,46% e de 2,60%, respectivamente, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Descontando o IR para resgate em 12 meses, a rentabilidade cai para 2,85% (fundos DI) e 2,15% (renda fixa).

Vale lembrar que esses dados não refletem precisamente o ganho dos pequenos investidores, já que correspondem a uma média.

Para o cálculo, são considerados todos os fundos de cada categoria, inclusive os de grande porte, que exigem aplicação inicial elevada e costumam render mais que os de varejo.

Mais do que se influenciar pela queda ou alta momentânea das aplicações, especialistas ouvidos pela Folha orientam o investidor a considerar suas metas e prazos para definir o destino mais adequado para os recursos.


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