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Usina atômica é inevitável, diz Eletronuclear

Redução no potencial hídrico deve levar o país a elevar a produção de energia nuclear

(DENISE LUNA) ENVIADA ESPECIAL A SÃO PETERSBURGO

A redução na oferta de água para a geração de energia no Brasil deve levar o país a aumentar a energia nuclear na sua matriz energética.

Segundo o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, a decisão de voltar a construir novas usinas não demora muito a ser tomada.

Ele disse em São Petersburgo, na Rússia, que a presidente Dilma Rousseff apoia o programa que prevê a construção de 4 a 8 usinas, de 1.000 MW cada uma, até 2030. Mas falta enviar um projeto sobre o tema ao Congresso.

Segundo ele, o baixo custo do combustível nuclear também favorece o programa.

"Até determinado momento, o Brasil não precisava de energia nuclear para a base [consumo diário], só para os momentos de pico [de consumo]. Mas os rios estão se esgotando com o aumento de novas hidrelétricas. O investimento inicial da nuclear é alto, mas o combustível tem preço baixo", argumentou.

A usina Angra 3, que está sendo construída pela Eletronuclear, está orçada em R$ 12,9 bilhões. A sua capacidade gira em torno dos 1.405 MW de potência. O início da operação foi adiado de 2015 para 2018.

Diferentemente das três usinas do país (Angra 1 e 2, em funcionamento, e Angra 3), as novas usinas serão erguidas pelo sistema de EPC (Engineering, Procurement and Construction Contracts), pelo qual a Eletronuclear contratará os serviços de uma empresa que cuidará da construção com mais agilidade.

Pinheiro, que participa da Conferência Ministerial Internacional sobre Energia Nuclear no Século 21, se reuniu na quinta-feira com a russa Rosatom, uma candidata a participar da expansão do programa nuclear no Brasil.

Ele também já foi procurado pelas francesas Areva e EDF, por coreanas e pela norte-americana Westinghouse.

O local de instalação da usina ainda não foi decidido.

O presidente da Eletronuclear defende que o Brasil passe a admitir a parceria do capital privado na usina, mantendo, porém, o controle, assim como a exploração de urânio pela iniciativa privada, com garantia de venda para a União.

FIM NA ALEMANHA

Na direção oposta, Gerard Hennenhöfor, do Ministério Federal do Meio Ambiente da Alemanha, disse que o país decidiu aumentar a participação da energia renovável na sua matriz, principalmente eólica e solar, após o acidente em Fukushima, no Japão.

"Temos ainda 20% das usinas nucleares em operação e temos que desligar todas até 2022." O descomissionamento de cada usina nuclear deve custar cerca de € 1 bilhão.


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