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Avianca pede ajuda da Caixa para levar TAP

Empresa buscou financiamentos para fechar proposta de compra da endividada companhia aérea portuguesa

Companhia solicitou R$ 1 bilhão ao banco, que negou pedido; Avianca disputa TAP com dono da Azul

MARIANA BARBOSA JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO

A disputa pela TAP chegou à Caixa Econômica Federal. O banco recebeu pedido de financiamento de R$ 1 bilhão do grupo Sinergy, que controla a Avianca, para fechar sua proposta de compra da companhia aérea portuguesa.

A Folha apurou que o pedido foi feito duas vezes. Na mais recente, há cerca de dois meses, chegou a ser apresentado ao conselho da Caixa, mas foi negado.

Ainda segundo apurou a reportagem, o banco não quis se expor aos riscos do setor de aviação --que está endividado e com prejuízos bilionários constantes.

Só em 2012, TAM e Gol, juntas, acumularam perdas de R$ 2,7 bilhões. A TAP tem uma dívida de US$ 1,5 bilhão que será assumida pelo comprador.

German Efromovich, dono do Sinergy, confirma o pedido de financiamento à Caixa, mas não quis comentar sua nova proposta pela TAP.

No ano passado, ele foi o único habilitado pelo governo português (que controla a companhia) a apresentar sua oferta, mas ela foi recusada.

Agora, o Sinergy aguarda a abertura da concorrência pelo governo, prevista para setembro, e poderá fazer a oferta sem recursos da Caixa.

AZUL

Efromovich disputa a endividada TAP com David Neeleman, dono da Azul. Como a Folha revelou no fim de junho, Neeleman lidera um fundo de investimento que terá o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como sócio para tentar comprar a TAP e a JetBlue --uma operação que consumirá inicialmente US$ 3,2 bilhões.

O BNDES entrará com US$ 600 milhões, cerca de 20% das cotas iniciais do fundo.

Caso o negócio avance, esse grupo pretende criar uma "nova Varig" com rotas no Brasil, em países da América Latina, dos EUA, da Europa e da África.

Em destinos e receita, essa nova empresa seria menor do que a companhia que surgirá caso a TAP seja adquirida pela Avianca.

Para Efromovich, o negócio levará à criação de uma empresa equivalente à metade do tamanho de LATAM (fusão entre a chilena LAN e a TAM). Também fortalecerá a Avianca Brasil, que ganha força devido às conexões com os voos internacionais.

Com a TAP, Efromovich chega mais perto de seu objetivo: triplicar de tamanho no mercado brasileiro e ampliar a frota atual, de 34 aviões, para 40 até 2015.

Para Neeleman, da Azul, também seria uma oportunidade de fortalecer a companhia que, desde sua criação, há cinco anos, já ganhou 15% de mercado nacional, deixando para trás a Avianca (6%) em passageiros transportados em voos domésticos.

Já seriam motivos suficientes. Mas, para ambos, o que define os rumos com a compra da TAP é a liderança do mercado do Brasil para a Europa.


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