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Gasto com animal de estimação deve ter cálculo separado

Dessa forma, proprietário pode definir mais facilmente em que itens é possível cortar despesas se necessário

Depois, resultado deve entrar como centro de custo em orçamento da família; manter o pet pode exigir renúncias

DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para cuidar do animal de estimação sem susto com as contas no fim do mês, especialistas recomendam organizar os gastos separadamente em uma planilha ou um caderno só para as despesas relacionadas ao pet.

Isso ajuda a saber quais são os gastos indispensáveis e os que podem eventualmente ser cortados ou reduzidos com uso de produtos e serviços mais baratos.

O resultado dos cálculos --ou seja, quanto o animal consome de dinheiro por mês-- precisa, depois, ser incorporado ao orçamento da família como "centro de custo" e encarado com racionalidade.

"É como ter um filho. É preciso prever todos os gastos, apesar do teor emocional envolvido", diz o planejador financeiro Valter Police.

"Assim como um bebê, o animal de estimação não liga se a roupa dele é de marca. Muitas vezes, as pessoas escorregam nisso e comprometem o orçamento."

Portanto, recomenda-se evitar as comprar por impulso. "Se você viu uma joia para o cachorro e adorou, não compre na hora. Reflita por dois dias para a decisão", recomenda Police.

SEGUROS

Em relação à saúde do animal, há no mercado seguros especializados, que cobrem desde consultas a medicamentos e até cirurgias, conforme o plano.

Os valores variam, assim como acontece com os planos para pessoas, e é preciso considerar se a opção vale a pena financeiramente ou se é mais vantajoso pagar consultas avulsas.

Para cães e gatos, por exemplo, planos custam de R$ 35 a R$ 150 por mês, diz a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação).

"Pode compensar mais para quem tem animais de mais idade, ou com problemas crônicos de saúde, que precisam ir constantemente ao veterinário ou tomam remédios", afirma o educador financeiro Mauro Calil.

É preciso também pesquisar preços de produtos e serviços, que variam muito.

Um pacote de ração de cerca de 10 kg para um cão de médio porte, por exemplo, pode custar de R$ 112,53 a R$ 204,60 em São Paulo, de acordo com a Abinpet. Um cachorro médio consome de 9 kg a 10 kg de ração por mês, segundo a associação.

"Há mais de cem empresas que produzem ração animal. Algumas vezes, o custo maior pode ser apenas pela embalagem que mantém o sabor da ração por mais tempo", diz José Edson Galvão, presidente-executivo da associação.

"Tem ração com preço de casinha", alerta Calil, educador financeiro, que compara a compra de um animal à de um automóvel, porque, além do preço da aquisição, há os custos de manutenção. "E o animal envelhece e vai precisar de mais coisas", diz.

RENÚNCIAS

O especialista diz ainda que é difícil estipular um percentual do orçamento mais indicado para ser gasto com o pet, mas afirma que a família precisa estar de acordo quanto à escolha das prioridades financeiras.

"Aquela viagem que a família queria fazer pode estar indo embora em ração", afirma Calil.


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