Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mercado MPME

Venda de seguro pela internet atrai empresas

Mercado ainda é incipiente no Brasil, mas especialistas apostam em expansão

Na Inglaterra, cerca de 50% das vendas de seguro já são feitas pela internet; serviço para carro é o mais comum

FILIPE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Terreno pouco explorado pelo comércio eletrônico no Brasil, a venda de seguros pela internet tem atraído novas empresas, que atuam como corretoras virtuais.

Apesar da dificuldade para entrar nesse mercado, que tem como marca a relação pessoal criada entre corretor e cliente, sócios das empresas dizem que em outros países a venda pela internet já está consolidada. Cada empresa diz ter realizado algo em torno de 10 mil vendas.

Mauro Batista, presidente do Sindseg-SP (Sindicato das Seguradoras), diz que, apesar de ainda incipiente, a tendência é que a venda de seguros pela web se consolide com o maior acesso à internet. Como referência, ele cita o mercado inglês, em que cerca de 50% das vendas são feitas pela rede.

No modelo on-line, o cliente preenche formulários com informações como dados pessoais e do veículo (o seguro de automóvel é o mais comum). A partir daí, o sistema apresenta planos e preços de diferentes seguradoras que têm parceria com o site.

Rodrigo Caixeta, 34, sócio da Smartia, decidiu entrar nesse mercado em 2010. Ele diz que houve polêmica com as seguradoras no início, quando criou sistema on-line que, na época, realizava apenas cotação.

"Pegamos os sistemas antigos usados por corretoras e criamos um software que colocava isso na internet. No início, todas as seguradoras pediram para tirar."

Aos poucos a ideia foi sendo aceita. Agora, são oito empresas que permitem que o usuário faça a cotação e também compre seguros de automóvel no site.

ATENDIMENTO

A maior dificuldade apontado pelas corretoras on-line é ganhar a confiança do cliente. Para isso, a maior parte de das equipes está focada no atendimento.

No caso da Sossego, por exemplo, são 80 os funcionários dedicados ao atendimento e ao pós-venda. Desses, a maior parte é de corretores, diz Alexandre Jesus, 44, sócio da empresa.

O fato de necessitar de uma equipe grande, porém, cria outro desafio, diz Caixeta, da Smartia. Como são necessárias muitas pessoas para realizar o atendimento, o custo de aquisição do cliente é alto e o retorno só vem após três anos de renovação do seguro.

Para Eldes Mattiuzzo, 45, da Bidu, também é necessário se preparar para atender um público que não tinha o hábito de comprar seguros antes da internet.

"Dos nossos clientes, 70% estão comprando seguros pela primeira vez. Temos um trabalho de ensinar a eles como a compra de seguros funciona", afirma.

Entre as questões que podem causar dúvidas, diz, é a necessidade de vistoria no veículo após a compra.

Para quem pensa em comprar seguros na internet, Batista, do Sindseg-SP, recomenda que se faça uma pesquisa anterior sobre a qualidade de atendimento do site. Também recomenda cautela no envio de documentos antes de ter um contato pessoal com a corretora.

Também é possível consultar o registro dessas corretoras no site da Susep (Superintendência de Seguros Privados).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página