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Governo tenta reanimar empresários e investidores

Mantega e Tombini lideram encontros

SHEILA D'AMORIM DE BRASÍLIA RENATO ANDRADE SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Convencido de que não é o consumo, mas sim o investimento que poderá evitar um desempenho pífio da economia neste ano e em 2014, o governo intensifica o corpo a corpo com empresários e investidores na tentativa de retomar a confiança em relação ao crescimento econômico.

Além de ouvir inquietações, o governo quer convencê-los de que, apesar do desconforto gerado pela piora do cenário externo, o Brasil poderá até se beneficiar da alta do dólar.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, encabeçam a ofensiva. Tombini tem conversado com formadores de opinião no mercado financeiro. Depois de presidentes de bancos estrangeiros, Mantega encontra hoje empresários e investidores.

À Folha ele argumentou que quer deixar clara a visão do governo sobre o cenário externo. "É um momento volátil. É papel do governo esclarecer o que está acontecendo."

Na avaliação de Mantega, o Brasil estava "numa trajetória boa" de recuperação, que mudou em junho com a turbulência externa --provocada pela possibilidade de o governo dos EUA cortar estímulos.

"Isso tirou um pouco a confiança dos mercados." Ao mesmo tempo, como o governo quer deslanchar uma agenda importante de concessões de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias, é preciso "estimular" o setor.

O recado de Mantega enfatizará dois pontos. O primeiro é que, apesar da turbulência, o cenário nos EUA é de crescimento, o que estimula a economia no resto do mundo.

O segundo é que investidores estão se adaptando a um novo nível de rentabilidade dos títulos americanos, o que gera desvalorização de várias moedas, incluindo o real.

No entanto, Mantega ressalta que a piora que o câmbio pode trazer para a inflação pode ser neutralizada pela desaceleração na China, que reduz o preço dos insumos, favorecendo as importações.

"Se conseguirmos neutralizar a pressão inflacionária por causa do câmbio, teremos um impacto positivo e melhora da competitividade das manufaturas brasileiras."


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