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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Com exportação em alta, preço do boi gordo atinge maior valor desde 2011

Apesar de barreiras impostas à carne bovina brasileira por alguns parceiros comerciais, como a Arábia Saudita, a exportação do produto bateu recorde no primeiro semestre, segundo a Abiec (associação dos exportadores).

Até junho, a receita com as vendas de carne bovina ao exterior somou US$ 3 bilhões, alta de 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, o avanço foi mais significativo, de 21%, para 674,7 mil toneladas.

Antônio Camardelli, presidente da Abiec, diz que o recuo no preço por tonelada reflete "uma adequação no cardápio de oferta da indústria". "A Europa hoje compra menos filé mignon", afirma.

Além disso, os frigoríficos foram obrigados a substituir alguns mercados que vinham crescendo até o ano passado, como os países árabes, por outros destinos. No fim de 2012, alguns países suspenderam a compra da carne brasileira após a suspeita de um caso de vaca louca no país.

Por outro lado, houve uma forte recuperação dos embarques para o Irã, que cresceram 98%, e uma expansão de 68% nas vendas a Hong Kong.

Com exportação em alta --a Abiec estima a cifra recorde de US$ 6 bilhões para 2013-- e demanda firme no mercado interno, o preço do boi gordo não para de subir.

Ontem, a arroba era negociada a R$ 104 em São Paulo, segundo a Informa Economics FNP --maior valor desde dezembro de 2011. Só neste mês, a alta chega a 4%.

O aumento no preço do boi deve elevar o da carne. Como a oferta de bois para o abate é restrita --as boas condições das pastagens desestimulam a venda do animal--, a oferta de carne bovina deve continuar abaixo do normal no curto prazo, diz a consultoria.

Espera O relatório de oferta e demanda divulgado ontem pelo Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) trouxe poucas novidades. A previsão para a safra de soja americana subiu 1%, devido a uma revisão na área. O mercado aguarda números mais precisos em agosto.

Recuo argentino Daniele Siqueira, da AgRural, diz que a única alteração de destaque foi na Argentina. A estimativa para a safra 2013/14 de soja caiu de 54,5 milhões para 53,5 milhões de toneladas.

Apetite chinês No trigo, as importações chamam a atenção. O Usda elevou de 3,5 milhões para 8,5 milhões de toneladas a sua previsão para as compras do cereal pela China, que repõe estoques.

CACAU
+2,79%
Ontem, em Nova York

ALGODÃO
-2,43%
Ontem, em Nova York

Fora da Opep, oferta de óleo terá maior alta em 20 anos

Em 2014, a oferta de petróleo pelos países que não fazem parte da Opep (cartel dos países exportadores) deverá apresentar o maior crescimento em 20 anos.

Segundo a Agência Internacional de Energia, a expansão prevista fora da Opep, de 1,3 milhão de barris por dia, só aconteceu uma vez na história, em 2002.

Os EUA, que passam por uma revolução energética com a extração de gás e óleo de xisto, responderão pelo maior aumento na produção.

Mas o Brasil, com a exploração do pré-sal, também poderá contribuir para essa evolução, após o desempenho frustrante em 2013.


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