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Mercados reagem bem à freada do PIB da China

Bolsa de SP registra a maior alta em 4 meses, e dólar recua para R$ 2,24

Embora represente desaceleração, avanço de 7,5% da economia no segundo trimestre fica dentro do esperado

MARCELO NINIO DE PEQUIM ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os mercados internacionais reagiram com alívio à divulgação do PIB da China. Apesar da desaceleração pelo segundo trimestre consecutivo, os números ficaram dentro das expectativas e debelaram temores de uma freada ainda mais intensa.

Segundo dados divulgados por Pequim na noite de domingo (horário de Brasília), a economia cresceu 7,5% no segundo trimestre deste ano, ante 7,7% no primeiro (sempre na comparação com o período equivalente de 2012).

A produção industrial de junho seguiu a curva descendente, com crescimento de 8,9% sobre o mesmo mês de 2012, ante 9,2% em maio.

"O mercado contava com um risco de desaceleração ainda maior [na China]", disse Maurício Molan, economista do Santander.

O principal índice de ações do Brasil, o Ibovespa, subiu 2,65%, a maior alta desde 6 de março, com o impulso das ações de siderurgia --das quais a China é cliente-- e das empresas de Eike Batista.

O dólar à vista recuou 1,17%, para R$ 2,241. O comercial fechou em R$ 2,224, queda de 1,9% --a maior desde 29 de junho de 2012.

Nos EUA, o Dow Jones e o S&P 500 subiram 0,13% e 0,14%, respectivamente, para patamares históricos, puxados também pelo noticiário local (lucro do Citigroup).

O governo em Pequim descreve o recuo do PIB não como tropeço, mas como o fruto de uma política que busca um modelo mais estável de crescimento econômico.

O plano capitaneado pelo premiê chinês, Li Keqiang, apoia-se em três pilares: evitar medidas de estímulo econômico, desalavancar o crédito (reduzir a razão entre dívida e patrimônio) e implantar reformas estruturais.

REFORMAS

Analistas admitem que é necessário corrigir os excessos de uma economia dependente de investimentos e expansão desmesurada do crédito, mas há dúvidas sobre a capacidade do governo de conciliar as reformas e a meta de crescimento do PIB, de 7,5% para este ano.

"Embora o PIB tenha ficado dentro da meta, a situação no segundo semestre deverá continuar desoladora", disse o economista Zhao Xijun, da Universidade Renming, em Pequim. "Tudo dependerá do sucesso da transição estrutural da economia."

Em 2008, a China escapou da crise mundial graças a uma enxurrada de estímulos do governo que durou até pouco tempo atrás.

As medidas reduziram o contágio pela derrocada global, mas não ampliaram a eficiência da economia. Em vez disso, alimentaram projetos de infraestrutura, o setor imobiliário e o mercado financeiro paralelo, menos regulado.

Agora, o governo espera estabilizar a economia com um arrocho no crédito, a redução dos investimentos e o estímulo do consumo doméstico, para mitigar a dependência de exportações.


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