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Plano de Abilio para a BRF inclui reorganização e corte de custos

Empresa estuda vender granjas e tornar estrutura menos hierarquizada

Na área de vendas, equipes deixariam de se dividir por marca e se especializariam em cada tipo de cliente

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

O plano do empresário Abilio Diniz e do novo conselho de administração para a BRF está quase pronto. A gigante de alimentos surgiu da fusão entre Sadia e Perdigão.

Ainda não foi batido o martelo, mas estão em análise mudanças na organização da empresa, na equipe de vendas, corte de custos e redução do capital investido.

O objetivo da reestruturação é elevar a lucratividade da BRF e melhorar o retorno para os acionistas.

Com apoio dos fundos Tarpon e Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Abilio assumiu a presidência do conselho da BRF no início de abril, em substituição a Nildemar Secches.

Na época, contratou a Galeazzi & Associados e deu um prazo de cem dias para a reestruturação, que expira neste mês. Também trabalham no projeto BCG (Boston Consulting Group) e McKinsey.

Segundo a Folha apurou, uma parte das mudanças deve ser analisada pelo conselho na reunião marcada para o próximo dia 26. O restante pode ocorrer em agosto.

A análise dos novos gestores da BRF é que a empresa tem uma estrutura organizacional muito hierarquizada, com a existência de presidente e vice-presidentes.

ESTRUTURA MATRICIAL

Está em análise uma estrutura matricial, organizada por áreas e regiões. Uma opção é criar os postos de presidente-executivo global e presidentes-executivos regionais, abandonando a divisão entre mercado interno e externo.

O assunto foi tema de reunião do comitê executivo da BRF, formado por Abilio e pelos conselheiros Sérgio Rosa (Previ), Pedro Faria (Tarpon), e Valter Fontana (ex-Sadia).

Também é possível que ocorram mudanças na equipe de vendas, conforme relatório publicado ontem pelo Bank of America, com base em conversa que analistas tiveram com a direção da BRF.

A BRF possui cinco times de vendas, divididos pelas marcas. A avaliação é que uma divisão por tipo de cliente seria mais eficiente.

Se isso ocorrer, poderia abrir espaço para demitir vendedores, o que não ocorreu após a fusão ou após a venda de ativos para a Marfrig. Na época, a BRF quis evitar que a "inteligência" de vendas fosse para a concorrência.

A empresa também estuda cortes de custos, com mais eficiência nas fábricas e nos centro de distribuição, e redução de investimentos.

Para 2013, a projeção da BRF é investir R$ 1,5 bilhão, abaixo dos R$ 2 bilhões do ano passado.

Outra foco de atenção é reduzir o capital imobilizado (como imóveis).

Uma hipótese é vender as granjas de matrizes de frango --onde nascem os pintinhos que serão engordados por terceiros.

Na antiga Sadia, 100% das granjas de matrizes eram próprias. A ideia é estimular os criadores a se tornarem donos das matrizes. Procurada, a BRF não deu entrevista.


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