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Mercado

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Com mercado sem rumos, café vive incertezas

Sem rumo, o mercado de café continua ao sabor das notícias do dia a dia. "Cai na sexta, sobe na segunda e ninguém sabe o que vai acontecer nos próximos dias."

A avaliação é de Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP). A queda da sexta ocorreu devido às notícias de excesso de oferta, já a alta de ontem e deve a uma combinação de queda do dólar no Brasil e movimento de recuperação em Nova York.

A desvalorização do dólar reduz o volume de café exportado pelo Brasil. Já a alta de Nova York ocorre devido à troca de posições dos fundos no mercado futuro.

Carvalhaes diz que há uma grande indefinição também nos números de safra e de estoques. A falta de clareza nesses números dificulta a programação do setor. O governo deveria mostrar os números de estoques, segundo ele.

No final de 2012, já se falava em leilão de opções e de Pepro. À espera desses mecanismos de sustentação de preços, o produtor adiou vendas e sofreu os efeitos da queda de preços e das notícias de uma safra ainda maior do que a estimada naquele período.

A alta na oferta de café nas últimas safras colocou muita incerteza sobre os estoques. Alguns números indicam volume inferior a 10 milhões de sacas, mas outros, como a da trading Comexim, estimam o volume de passagem em 1º de julho em 12,4 milhões.

João Lopes Araujo, presidente da Assocafé (produtores da Bahia), diz que houve uma falha do governo na adoção de medidas de auxílio à comercialização.

O governo deveria ter tirado pelo menos 4 milhões de sacas há alguns meses, o que teria dado mais sustentação aos preços.

Agora, mesmo que adote essas medidas, o efeito será menor porque já chega ao mercado o produto da nova safra, afirma ele.

O governo, que demorou demais para adotar uma política para o setor, está em uma situação difícil. Precisa dar o suporte à comercialização de café porque os preços pagos aos produtores estão abaixo dos custos de produção em algumas regiões.

De outro lado, vai levar esse aumento para dentro das indústrias e, consequentemente, para as prateleiras dos supermercados. O ponto final será o bolso do consumidor e a inflação.

EUA passam Argentina nas vendas de trigo ao Brasil

Principal fornecedor de trigo do Brasil, a Argentina perdeu esse posto para os Estados Unidos em junho.

Os americanos venderam 211 mil toneladas do cereal para o Brasil no mês passado, ante 170 mil toneladas importadas de trigo argentino no período, segundo a Secretaria de Comércio Exterior.

Enquanto as compras dos EUA subiram 10% em relação a maio, estimuladas pela isenção da tarifa de importação --válida até o final deste mês--, a importação de trigo argentino caiu 46%.

O governo Kirchner está impondo barreiras às exportações do cereal, devido à alta no preço do trigo e de seus derivados na Argentina. No Brasil, devido à baixa oferta e à alta do dólar, a saca de 60 quilos sobe 7,8% em sete dias, segundo pesquisa da Folha.

SOJA
+1,73%
Ontem, em Chicago

ALUMÍNIO
-1,62%
Ontem, em Londres

Comercialização... As vendas de café da safra 2012/13 (julho/junho) atingiram 91% do volume colhido. A média das últimas safras é de 97%, segundo a Safras & Mercado.

...menor O ritmo de vendas é menor também na safra 2013/14. Foram vendidos 13% até o final de junho, abaixo dos 25% de média nos últimos cinco anos.

Clima O excesso de chuva no mês passado prejudicou a qualidade do milho safrinha do Paraná, segundo avaliação do consultoria Clarivi.

Devagar As exportações de milho recuaram para apenas 7.400 toneladas por dia útil neste mês. Em julho de 2012, eram 77,4 mil.


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