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Análise

Setor não deve estacionar apesar de freada, mas 2013 não é para celebrar

A restrição ao crédito, o avanço dos preços e a desaceleração dos rendimentos refletiram-se na confiança do consumidor

FLAVIO ESTÉVEZ CALIFE ESPECIAL PARA A FOLHA

Após anos de crescimento expressivo na comparação com os demais setores da economia, o varejo reduziu consideravelmente seu ritmo de crescimento em 2013.

O IBGE aponta um avanço de 3,3% de janeiro a maio deste ano na comparação com o mesmo período de 2012, quando a expansão foi de 9%.

Dados da Boa Vista Serviços sobre o comércio no primeiro semestre deste ano apontam na mesma direção: enquanto em 2012 o crescimento no período foi de 7,7%, em 2013 foi de apenas 1,6%.

O argumento de que o modelo de crescimento econômico baseado no consumo está esgotado tem fundamentos. Mas, aparentemente, passamos por uma acomodação, e ainda há espaço para que o consumo seja uma variável predominante no modelo brasileiro por alguns anos, ainda que em menor intensidade.

A expansão do crédito somada aos ganhos reais de renda e à queda nas taxas de desemprego trouxeram grande número de novos consumidores ao mercado, contribuindo para a expansão média do varejo acima de 7,5% ao ano (2005 a 2012).

A assimetria de informação por parte de quem concede crédito e a menor experiência desses consumidores com o uso desses recursos aumentaram os riscos da inadimplência, mesmo com um mercado de trabalho favorável.

Tal aumento levou os credores a elevar as restrições ao crédito, principalmente para bens duráveis.

Esses fatos e os aumentos de preços, somados à desaceleração do crescimento dos rendimentos reais e às perspectivas de menor crescimento da economia, refletiram-se na confiança e nas intenções de compra do consumidor.

Endividado, ele revê necessidades de consumo e tenta reequilibrar o orçamento.

Essa situação tende a se normalizar à medida que a inadimplência (já em queda) permita novas concessões, que os preços deixem de subir e que o consumidor se sinta mais seguro com o rumo da atividade econômica.

O segundo semestre pode trazer essa melhora, mas com certeza 2013 não será um ano para o comércio comemorar.


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