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Para definir cortes, Mantega não vai ao G20

Em meio a impasse sobre tamanho do controle de gasto, ministro desiste de encontro na Rússia e se reúne hoje com Dilma

Há quem defenda que não haja corte ou que seja a metade do valor com o qual equipe econômica trabalhava

NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Um impasse no governo sobre o tamanho do corte nas despesas do Orçamento fez o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cancelar na última hora a viagem que faria hoje à Rússia, onde participaria de reunião do G20.

Até a semana passada, a equipe econômica trabalhava com corte adicional entre R$ 11 bilhões e R$ 13 bilhões.

A conta, porém, foi considerada salgada por outros setores do governo. Segundo a Folha apurou, ministérios evolvidos direta ou indiretamente no debate fiscal passaram a questionar se um corte dessa magnitude, e em um curto espaço de tempo (próximos seis meses), não acentuaria mais o freio no PIB.

Até bancos oficiais, caso do Banco do Brasil, já estimam reservadamente expansão abaixo dos 2% neste ano.

No governo, há quem defenda que não haja corte. Para evitar uma sinalização negativa ao mercado, que defende um controle de gastos para ajudar no combate à inflação alta, uma das soluções apontadas é um corte bem abaixo de R$ 13 bilhões --algo em torno de R$ 6 bilhões.

Mantega se reúne hoje com a presidente Dilma Rousseff para tentar fechar o tamanho do bloqueio. A Fazenda quer terminar o ano com a meta de superavit primário (economia para o pagamento de juros) de 2,3% do PIB, mas outros setores, como Planejamento e Casa Civil, propõem alternativas para evitar um corte próximo a R$ 13 bilhões.

DESCONTAR O PAC

Uma das opções para fugir de um corte considerado demasiado é descontar integralmente os investimentos do PAC e as desonerações tributárias da meta, o que permitiria abater R$ 65 bilhões do primário --ou 1,8% do PIB.

A Fazenda resiste a um desconto dessas proporções. A meta original do governo, excluindo os abatimentos previstos em lei, é de um superavit primário de 3,1% do PIB.

Procurada, a assessoria de imprensa da Fazenda negou impasse e afirmou que o ministro cancelou sua participação da reunião do G20 para finalizar o decreto de reprogramação de receitas e despesas orçamentárias.


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