Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

China liberaliza taxa para empréstimos feitos por bancos

Medida faz parte de pacote de reforma e visa distribuir crédito de forma mais efetiva

DA REUTERS

O banco central da China anunciou ontem que vai eliminar, a partir de hoje, controles sobre as taxas que os bancos podem cobrar de clientes para empréstimos.

A medida dá aos bancos comerciais liberdade para disputar clientes, uma reforma que, segundo afirmou em comunicado o banco central chinês, vai reduzir os custos financeiros para as empresas.

Até então, o piso para taxas de empréstimos era de 70% da taxa referencial de juros. Agora ele foi eliminado.

A medida não elimina o teto existente para as taxas de depósito, atualmente em 110% das taxas referenciais, o que muitos economistas veem como a medida mais importante que Pequim precisará tomar na liberalização de seu regime de juros.

"É um grande avanço nas reformas financeiras", disse à Reuters o economista sênior do Centro da China para Transações Econômicas Internacionais, Wang Jun.

"As pessoas tinham pensado que o BC iria apenas diminuir gradualmente o piso das taxas de empréstimo. Agora, eles eliminaram o piso de uma vez por todas."

A medida, na avaliação do governo em Pequim, deve reduzir os custos de empréstimo para as empresas e pessoas físicas, pondo fim ao que muitos observadores afirma serem custos de empréstimos artificialmente altos para beneficiar os grandes credores do Estado à custa de empresas privadas.

"A reforma desta vez não expande a margem de flutuação nas taxas de depósito", informou o banco. "A principal consideração é que mudanças nas taxas de depósito serão mais profundas e irão necessitar de condições mais amplas."

O fato de o premiê Li Keqiang ter tomado a medida após apenas quatro meses no cargo emite um sinal de que ele e seu governo estão de fato comprometidos em promover reformas para reequilibrar a segunda maior economia do mundo.

Os grandes concessores de empréstimos da China, em sua maioria estatais, em geral resistiam às mudanças, já que elas provavelmente afetarão suas margens de lucro.

Mas analistas dizem que a reforma é necessária para que o crédito seja distribuído de forma mais efetiva na economia chinesa.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página