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Obama se esquiva de cobranças para socorrer Detroit

Presidente observa situação e envia assessores à cidade, que anteontem virou a maior dos EUA a pedir concordata

Cidade virou vitrine da retomada econômica após pacote do governo para resgatar indústria automotiva

LUCIANA COELHO DE SÃO PAULO

Usada como vitrine da retomada econômica pelo governo de Barack Obama em sua campanha à reeleição, no ano passado, Detroit virou um problema a resolver para o democrata após se tornar a maior cidade dos EUA a pedir concordata, anteontem.

Horas após a cidade recorrer à Justiça para reorganizar dívidas de mais de US$ 18 bilhões, espocaram em sites e artigos apelos para que o governo federal a socorra.

A Casa Branca anunciou que o presidente está monitorando "com interesse" a situação. Mas evitou comprometer-se com promessas de ajuda financeira.

"Os líderes em Michigan [Estado onde fica Detroit] disseram --e achamos que eles estão certos-- que essa questão da insolvência tem que ser resolvida entre o Estado, Detroit e seus credores", afirmou ontem em entrevista coletiva o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, segundo transcrição no site oficial.

"Mas é claro que estamos envolvidos em conversas sobre opções políticas para ajudar Detroit", acrescentou.

Segundo Carney, dois dos principais assessores de Obama (Valerie Jarrett e Gene Sperling, do Conselho Nacional de Economia) e o secretário da Habitação, Shaun Donovan, foram à cidade acompanhar as negociações e conversar com líderes locais.

A cobrança ecoada em jornais e blogs políticos tem seu prólogo na crise do setor automotivo de 2009, quando um então recém-empossado Obama prosseguiu com a iniciativa de George W. Bush e deu às montadoras Chrysler e GM um pacote de US$ 80 bilhões.

Na época, a injeção serviria para reanimar não só um setor combalido pela crise e por anos de concorrência internacional, mas também a cidade, conhecida como capital automotiva dos EUA e que chegara a ser a quarta do país em habitantes, tal o vigor de sua economia (seus 1,8 milhão de moradores minguou para atuais 700 mil).

Mas, desde março, Detroit está sob intervenção estadual, administrada pelo gestor de emergência Kevyn Orr.

Ontem, o governador do Michigan, o republicano Rick Snyder, disse em entrevista coletiva transmitida por webconferência que, embora alguns credores estejam "inseguros" sobre receber ou não, as contas e os salários da cidade continuarão a ser pagos.


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