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Bradesco lucra mais no trimestre, mas crê em cenário difícil à frente

Volume de crédito cresce 10,3% em um ano, mas ganho nos empréstimos encolhe 4,1%

Inadimplência cai de 4% para 3,7% de março para junho e reduz as despesas com provisões para calote

TONI SCIARRETTA ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Segundo maior banco privado do país, o Bradesco compensou o ganho menor com os empréstimos no segundo trimestre com a forte redução na inadimplência, o controle de custos e as receitas maiores com serviços.

O banco, no entanto, reduziu a expectativa de expansão do crédito devido ao ritmo fraco da economia.

O banco teve lucro líquido de R$ 2,949 bilhões no segundo trimestre, resultado 4,1% maior do que no mesmo período do ano passado.

No crédito, o banco elevou em 10,3% o volume de empréstimos em relação ao segundo trimestre de 2012, totalizando R$ 402,51 bilhões. Apesar desse ritmo, a receita medida pela chamada margem financeira recuou 4,1% --R$ 11,03 bilhões para R$ 10,6 bilhões na comparação.

O melhor desempenho veio dos empréstimos às empresas, cuja expansão foi de 10,4%. O segmento de pessoas físicas teve alta de 10,1%.

No entanto, o Bradesco revisou para baixo a estimativa de crescimento do crédito em 2013, que passou do intervalo entre 13% e 17% para o entre 11% a 15%. O banco, que previa alta de 3,5% do PIB, agora vê só 2,3% em 2013.

"Entendemos que a economia mundial enfrenta um período excepcionalmente difícil, com retração da atividade econômica em vários parceiros comerciais e de negócios do Brasil", disse Luiz Trabuco, presidente do banco.

A boa notícia veio da inadimplência, que desceu de 4% para 3,7% entre março e junho. Isso impactou as despesas com provisões para calotes, que caíram R$ 42,48 milhões na comparação com o segundo trimestre de 2012.

COMPETITIVIDADE

Para o presidente do Bradesco, o setor bancário busca aumentar a sua competitividade, reduzindo custos e gerindo melhor a inadimplência. "O desafio que se coloca é o da competitividade."

"Poderemos voltar a uma trajetória de crescimento econômico forte em curto espaço de tempo, com efeitos promissores para toda a sociedade, beneficiando, em consequência, a atividade do setor bancário e de seguros."

O banco foi ainda prejudicado pela volatilidade do mercado de juros após a aceleração do aumento da taxa Selic, em maio, pelo Banco Central. A tesouraria, que historicamente tinha ganho entre R$ 200 milhões e R$ 400 milhões, apurou saldo de apenas R$ 18 milhões.

A chamada marcação a mercado de títulos, que manda registrar no balanço o valor atualizado de papéis como as NTN-B (corrigidas pelo IPCA), implicaram uma redução de R$ 3,411 bilhões no patrimônio líquido de março para junho. Esses papéis tiveram forte desvalorização.

Segundo Luiz Carlos Angelotti, diretor do banco, a perda é apenas contábil, uma vez que esses títulos correspondem a depósitos dos clientes, que também perdem com o aumento de juros.


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