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Empresas temem mudança de regras na América Latina

No Brasil, alterações na lei e marco regulatório também afetam negócios das companhias, afirma consultoria

Na média global, estudo com 1.415 empresas de 70 países mostra que freada econômica é o principal desafio

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

A mudança no marco regulatório e na legislação é apontada por empresas da América Latina e do Brasil como o principal risco para os negócios das companhias, segundo pesquisa da consultoria e corretora de seguros Aon.

Para o estudo, foram consultadas 1.415 empresas de 70 países, sendo 155 latino-americanas e 59 brasileiras. São 29 os segmentos pesquisados --entre eles, agronegócios, aviação, bancos e mineração.

Na média global, a desaceleração econômica/lenta recuperação da economia é citada em primeiro lugar no ranking das dificuldades identificadas pelos empresários. Na América Latina, esse risco aparece em segundo lugar, seguido de escassez de mão de obra (dificuldade para atrair e reter talentos).

Para Alexandre Botelho, diretor da área de consultoria em gestão de riscos da Aon Brasil, chama a atenção o fato de as empresas declararem maior despreparo para resolver os problemas que podem trazer riscos aos seus negócios e 67% terem registrado aumento nas perdas de receita relacionadas a essas dificuldades. A pesquisa é feita, a cada dois anos, desde 2007.

Neste ano, 54% se dizem preparadas para enfrentar a desaceleração econômica. Em 2011, eram 64%.

Já em relação a alterações em marcos regulatórios, 54% dizem estar preparadas. Eram 65% há dois anos. "As companhias que investiram em gerenciamento de riscos e melhores controles internos conseguiram maior retorno para os acionistas", diz Botelho.

Como as empresas da América Latina foram menos afetadas pela crise mundial, a insegurança causada pela desaceleração econômica na região é menor do que na média global, ressalta Keith Martin, consultor da Aon Brasil.

"Brasil, Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e México têm mais preocupação com mudanças regulatórias e na lei porque o Estado é mais intervencionista."

No Brasil, a definição de regras para as concessões (aeroportos, rodovias, portos) é exemplo da queda de braço entre empresas e governo.


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