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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Exportações aumentam e preço das carnes sobe no mercado interno

O preço médio dos alimentos pesa menos no bolso dos consumidores nas últimas semanas. As carnes, porém, poderão ter caminho inverso.

O preço está em alta no mercado externo, o país aumenta o volume exportado e o resultado é uma sustentação das negociações internas.

A carne suína é a que tem a maior recuperação. Após iniciar o ano em R$ 71 por arroba, o preço caiu para R$ 46 em maio e, ontem, alguns frigoríficos pagavam até R$ 62 em São Paulo.

Na média, as negociações ocorrem a R$ 59 por arroba no Estado, segundo pesquisa da Folha.

O frango também se recupera. Negociado a R$ 3 por quilo no início do ano, a ave viva caiu para apenas R$ 1,80 em maio. Iniciou uma retomada de preços em junho e ontem esteve a R$ 2,25 nas granjas paulistas.

O preço do boi surpreende e se mantém acima de R$ 100 por arroba em São Paulo, segundo pesquisa da Folha. O valor atual supera em 6% o do ano passado.

A perda de qualidade de parte dos pastos, devido ao frio, elevou a oferta de animais prontos para o abate nas últimas semanas, e o preço perdeu o ritmo de alta.

Os números de exportações de carne "in natura" da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) ajudam a entender o desempenho do setor.

A venda externa de carne de frango "in natura" subiu para 311 mil toneladas em julho, 11% mais do que em 2012.

Os números da Secex indicam, ainda, um volume de 105 mil toneladas de carne bovina, estável em relação a 2012. Já as vendas externas de carne suína subiram para 44 mil toneladas no mês passado, 16% mais do que em julho do ano anterior.

Cenário bom O susto dos produtores dos EUA com a produção de milho está passando. Verificando as lavouras da região leste do Meio-Oeste do país, Daniele Siqueira, da AgRural, diz que a produtividade da região poderá voltar aos padrões normais.

Longo caminho Se a produtividade do milho está garantida, o mesmo não ocorre com a da soja. Plantada fora do período normal, assim como o milho, a oleaginosa poderá passar, ainda, por vários desafios climáticos, segundo a analista.

Energia Uma das novidades a serem apresentadas na feira TecnoCarne por algumas indústrias será a utilização do lodo (água misturada com sangue, pele, gordura etc.) em energia. Esse lodo é gerado durante o processo produtivo nos frigoríficos.

Redução de custos O frigorífico recupera energia e elimina um produto de difícil descarte. Reduz custos nas duas pontas, segundo as indústrias. A feira será realizada em São Paulo na próxima semana.

Preços no atacado têm menor alta em 16 meses

Após a forte pressão do início do ano, os alimentos perderam participação na inflação do mês passado.

O aumento acumulado em 12 meses dos preços praticados no atacado foi de apenas 2,29% em julho, a menor taxa ocorrida em 16 meses.

Essa pressão menor dos alimentos no atacado vai aliviar o bolso dos consumidores nas próximas semanas.

A queda atual se deve a um cenário mais favorável de produção de grãos, tanto no Brasil como nos principais produtores mundiais.

A pesquisa do Índice Geral de Preços da FGV aponta que milho e soja estão entre os itens que mais aliviam a pressão inflacionária de julho. São exatamente os dois produtos que têm uma recuperação de produção nos EUA.


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