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Bolsa de Nova York tem maior queda em quase dois meses

Dados ruins de empresas e temor sobre fim de estímulo do BC dos EUA fazem índice Dow Jones ter queda de 1,5%

Consumidores estão pouco dispostos a comprar além das suas necessidades mais imediatas, diz Walmart

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Bolsa de Nova York teve ontem o pior pregão em quase dois meses, com a melhora do mercado de trabalho dos EUA sendo apontada como a principal justificativa.

Embora a notícia seja positiva para a economia americana --novos pedidos de seguro-desemprego recuaram para o menor nível desde outubro de 2007--, o reflexo na Bolsa foi negativo por causa do temor de que, com os sinais de recuperação mais forte do emprego, o Fed (BC dos EUA) encerre em breve a "era do dinheiro barato", provocada pelo programa de estímulo iniciado em 2012.

Esses temores sobre o fim dos incentivos foram apontados como a principal explicação para a queda de 1,5% do índice Dow Jones (o mais importante da Bolsa de Nova York), o maior recuo desde o pregão de 20 de junho.

Porém, o cenário desenhado por duas das principais empresas dos EUA (Walmart e Cisco) também colaborou para o resultado negativo.

Maior rede varejista global, o Walmart disse que os consumidores americanos estão pouco dispostos a comprar além das suas necessidades mais imediatas. Com isso, as vendas da cadeia recuaram 0,3% no segundo trimestre e ela espera que fiquem estagnadas entre julho e setembro.

O resultado abaixo do esperado fez a empresa reduzir as suas expectativas para o faturamento global no ano: de um crescimento de 5% a 6% em 2013, ela agora espera um avanço de até 3%.

"O consumidor não parece ter renda suficiente para comprar produtos que não são os necessários ou tem dúvidas sobre gastar o que possui neste momento", afirmou Charles Holley, diretor financeiro. As ações do grupo caíram 2,6% ontem.

No caso do Brasil, as vendas do Walmart no segundo trimestre cresceram 1,1% quando comparados os resultados das mesmas lojas.

DEMISSÕES

Já a Cisco anunciou a demissão de 4.000 funcionários (cerca de 5% da mão de obra global da companhia). Com essa nova redução, a empresa terá cortado mais de 12 mil postos nos últimos dois anos.

A explicação para os cortes foi o enfraquecimento nas vendas na China, na Europa e no Japão. Na divisão brasileira, a empresa disse que as vendas ficaram estagnadas entre abril e julho.

As ações da Cisco caíram ontem 7,2%, o maior recuo dos papéis da companhia em mais de um ano.

Não foi só o mercado acionário americano que fechou em baixa. As principais Bolsas de Valores europeias também recuaram ontem. Londres fechou em queda de 1,6%, Frankfurt recuou 0,7%, e Paris perdeu 0,5%.


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