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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Consumo de carne sobe na China e eleva receita de exportadores

A expansão do consumo de carne bovina na China está deixando de ser promessa e já rende uma boa receita para exportadores do produto.

O faturamento com as vendas brasileiras de carne "in natura" para Hong Kong --porta de entrada da carne brasileira na China-- subiu 140% no primeiro semestre.

Dados da JBS, empresa do setor com presença global, mostram que outros países também estão se beneficiando do maior apetite chinês.

A participação de China, Hong Kong e Vietnã nas exportações totais da empresa passou de 14,8% no segundo trimestre de 2012 para 27,5% neste último. A região puxou o aumento de 27% na receita da companhia com as vendas externas, que somaram quase US$ 3 bilhões no período.

Até abril, as exportações da JBS a partir da Austrália para a China ultrapassaram o registrado em todo o ano passado, segundo Jeremiah O'Callaghan, diretor da JBS.

Tradicional consumidor de carne suína, a China está se tornando um mercado mais rico e exigente. A demanda por suínos continua, mas O'Callaghan destaca uma procura maior por cortes especiais. As vendas de carne de cordeiro da JBS Austrália para a China aumentaram 260% no primeiro semestre.

"O mercado está buscando produtos mais sofisticados no exterior", diz o executivo.

Mas esse é só o começo. Segundo O'Callaghan, um aumento de 500 gramas no consumo per capita na China representará uma demanda adicional de 700 mil toneladas --o equivalente à metade das exportações brasileiras.

Benefício do câmbio chega às empresas neste trimestre

Dois dos maiores exportadores de carne bovina do Brasil afirmam que a alta do dólar vai beneficiar a receita das empresas em reais a partir deste terceiro trimestre.

"Existe um intervalo entre o fechamento das vendas e as exportações. O benefício dessa desvalorização do real será mais sentido neste segundo semestre", diz Wesley Batista, presidente da JBS.

Além do câmbio favorável, Edison Ticle, diretor da Minerva Foods, também destaca que os preços da carne em dólares estão "bastante atrativos, com tendência de alta".

O Brasil está aproveitando bem o momento. Como os principais concorrentes do país no mercado externo apresentam restrições de oferta, o poder de barganha dos brasileiros com os importadores aumentou. "Estamos conseguindo melhorar a nossa rentabilidade", afirma.

Preço agrícola no atacado já tem queda em 12 meses

Os produtos agrícolas estão em deflação. Os preços praticados no atacado caíram 0,45% em agosto, segundo o IGP-10, levando a taxa acumulada dos últimos 12 meses a uma queda de 0,57% --a primeira registrada neste ano.

Milho, soja, batata-inglesa e mandioca foram os produtos que mais contribuíram para essa retração do grupo.

Já os preços do leite, da carne bovina e das aves estão em alta no atacado, sinalizando possíveis reajustes ao consumidor. No caso do leite, o repasse já chegou. O longa vida já subiu 6% no varejo em agosto, segundo o IGP-10.


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