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Cresce crédito para imóveis de R$ 1 milhão

Financiamento sobe com disparada dos preços nos últimos anos, principalmente em grandes cidades como São Paulo

Muitos que podem pagar o bem à vista preferem financiar para continuar a ter dinheiro aplicado

CLARA ROMAN DE SÃO PAULO

Com a disparada dos preços em todo o país, o financiamento de imóveis acima de R$ 1 milhão está cada vez mais comum e chegou a dobrar em alguns bancos.

No Citi, houve um aumento de 159% no volume emprestado no primeiro semestre ante o mesmo período do ano passado. Já no Banco do Brasil, a alta foi de 112%.

Segundo Hamilton Rodrigues da Silva, gerente-geral de crédito imobiliário do BB, a maior parte dos financiamentos dos imóveis de alto padrão no banco ocorre entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões.

"Há uma migração do crédito do consumo para o de longo prazo."

Outros grandes bancos também registraram crescimento acentuado, como HSBC (47%) e Bradesco (34%). A Caixa Econômica Federal só informou a expansão em quantidade (32%).

Na avaliação de consultores e imobiliárias, esse movimento pode ser explicado pelo fato de que, em grandes mercados, como São Paulo, mais imóveis localizados nos endereços cobiçados têm chegado a R$ 1 milhão ou mais.

"Tem apartamento de menos de 100 m² que já custa R$ 1 milhão", afirma Bruno Gama, diretor da Credipronto, parceria entre o Itaú e a imobiliária Lopes.

Além disso, os juros para os financiamentos de imóveis acima de R$ 500 mil estão no patamar mais baixo dos últimos seis anos, em 9% ao ano, segundo a média de mercado obtida pela consultoria financeira Canal do Crédito. Em 2012, a média era de 9,5% e, em 2008, de 12%.

No quadro ao lado, os percentuais são maiores porque consideram os consumidores sem relacionamento com o banco. Os clientes mais antigos conseguem negociar e obter taxas menores.

INVESTIMENTO

Com as taxas mais baixas, muitos compradores optam por pegar um empréstimo e manter parte do dinheiro em aplicações financeiras, ainda que possam pagar à vista.

Nicolaos Theodorakis, diretor financeiro da incorporadora Alfa-MDL, diz que, ao fazer um financiamento, o investidor dobra seu patrimônio: além da aplicação, ele também terá o imóvel.

"O consumidor de alto padrão enxerga o financiamento imobiliário como uma diversificação da carteira de investimento", afirma Fernando Sita, diretor da imobiliário Coelho da Fonseca, especializada nesse segmento.

Para o consultor financeiro Rafael Paschoarelli, porém, o financiamento nessa faixa não vale a pena. "É difícil conseguir um investimento que recupere o custo do financiamento", diz, recomendando a compra à vista.


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