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Anatel quer liberar frequência para o 4G

Agência pretende relotear faixa da tecnologia 2G, lenta e defasada, para permitir que teles acelerem uso de rede rápida

Ideia também é antecipar em um ou dois anos cronograma de instalação do 3G e do 4G em todo o país

JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Para expandir o serviço de internet 4G pelo país, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) estuda liberar mais uma frequência para uso das teles. A faixa em vista é a de 1,8 GHz, hoje utilizada para a tecnologia 2G.

A Folha apurou que a ideia é "relotear" essa faixa, o que, em outras palavras, significa permitir que as empresas do setor substituam total ou parcialmente essa tecnologia, lenta e defasada, por outra mais rápida e moderna.

Além disso, a agência quer antecipar em um ou dois anos o cronograma já imposto ao setor, que previa a instalação de internet 3G em todo o país até 2017 e de 4G até 2019.

Para adiantar esse processo, a agência deve impor os novos prazos no segundo leilão do 4G, previsto para 2014.

Já a forma e os prazos para o "desligamento" do 2G na faixa de 1,8 GHz ainda não foram definidos.

Atualmente, quase 70% dos aparelhos celulares conectados no país funcionam na rede 2G. Agência e empresas tentam ainda entrar em acordo sobre a forma como essas pessoas serão acomodadas nas redes 3G ou 4G.

Especialistas ouvidos pela Folha ressaltam que as teles divergem sobre como a transcrição deve transcorrer, de acordo com seus diferentes interesses comerciais. Portanto, a avaliação é que a Anatel deve permitir alguma flexibilidade para que as empresas façam a mudança conforme sua capacidade de investimento e de migração dos usuários.

SUBSÍDIOS

Internamente, as empresas discutem quais subsídios poderão dar aos usuários para que se sintam atraídos a trocar de aparelho e, assim, de tecnologia.

Além de campanhas de marketing, elas terão de apresentar à agência estudos técnicos comprovando a viabilidade da mudança.

Especialistas da Anatel ouvidos pela Folha disseram que, caso o departamento jurídico da agência indique que não há necessidade de criar um novo regulamento ou de submeter o processo a uma consulta pública, a permissão para a migração pode ser dada ainda neste ano, por meio do aval da área técnica ou conselho diretor.

A Folha apurou que a Claro foi a primeira empresa a submeter um pedido à Anatel para que possa usar a faixa de 1,8 GHz para expansão da internet mais rápida, no lugar da 2G. Procurada, a empresa disse considera importante que a agência e o governo incentivem ainda mais as ações das operadoras em prol da aceleração da migração.

Em nota, a Vivo disse que, como tem crescido muito o tráfego de internet móvel, é preciso "buscar sempre o melhor aproveitamento das frequências, de modo a garantir a melhor qualidade e a expansão do serviço".

TIM, Oi e Sindtelebrasil, que representa o setor, não se manifestaram.


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