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73% das mulheres de alta renda já compraram produto pirata

Pesquisa aponta que 56% dos brasileiros adquiriram mercadorias falsificadas no último ano

Apreensão de itens aumenta 59% de 2010 para 2012, de acordo com dados da Receita Federal

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

As mulheres da classe alta (A e B) estão entre a parcela da população que mais compra produtos piratas.

Quase 6 em cada 10 brasileiros (56%) já compraram ao menos uma mercadoria pirata no último ano. Entre os homens, o índice é de 58%. Entre as mulheres, de 55%.

Os dados constam em pesquisa do instituto Data Popular, de maio deste ano com 1.501 pessoas de todas as classes entrevistadas em suas casas em cem cidades de todo o país. A margem de erro é de 2,6% para mais ou menos.

Na pesquisa, 73% das consumidoras da faixa A e B declararam ter comprado produto pirata, ante 50% nas classes C, D e E. "Somente 27% do total do público feminino de alta renda não teve esse tipo de experiência de consumo", diz Renato Meirelles, presidente do instituto.

"Como a mulher de classe alta compra mais, geralmente é mais focada no status e conhece mais as marcas internacionais, desconfia-se menos de que ela esteja usando um produto pirata."

A definição de faixa de renda segue os critérios da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Na alta renda (classes A e B), estão famílias com renda per capita acima de R$ 1.019. Na baixa renda, a renda per capita é inferior a R$ 291 (classes D e E). Na média (C), a renda per capita é de R$ 291 a R$ 1.019.

A apreensão de mercadorias pirateadas cresceu (em valor) 59% entre 2010 e 2012, segundo dados da Receita Federal. Passou de R$ 1,275 bilhão para R$ 2,025 bilhões.

"Houve desmonte da fiscalização em cidades como São Paulo e incremento no combate nas fronteiras e em outras regiões", diz Márcio Costa de Menezes e Gonçalves, ex-secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, órgão consultivo do Ministério da Justiça.

O governo federal divulgou há três meses o 3º Plano Nacional de Combate à Pirataria, em vigor no país até 2016.

"É positivo o governo ter priorizado o combate nas cidades que sediarão os eventos esportivos dos próximos anos", diz o advogado.


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