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Mercado

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Frigorífico sofre para recuperar mercado nos EUA

O Brasil ainda não conseguiu recuperar o mercado de carne bovina perdido nos Estados Unidos há três anos.

Em 2010, as exportações brasileiras de carne industrializada para o país foram suspensas devido à presença do vermífugo ivermectina na carne acima do padrão estabelecido pelos americanos.

Os embarques foram retomados no ano seguinte, mas a receita obtida com essa operação ainda está abaixo do patamar anterior à crise.

A fatia do produto brasileiro nas importações americanas de carne industrializada caiu de 71%, em 2009, para 64% no ano passado, segundo dados da Abiec (associação dos exportadores).

Os EUA são mais exigentes do que o resto do mundo em relação à ivermectina. Mas, segundo Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec, o maior obstáculo à reconquista do mercado não está no seu alto padrão de exigência, mas sim nas fazendas brasileiras.

Segundo ele, muitos pecuaristas estão usando o vermífugo em alta concentração. Ele não provoca efeitos adversos graves, mas aumenta o chamado "período de carência" --intervalo de tempo que deve ser respeitado entre a última aplicação e o abate-- de 30 dias para até 120 dias.

Quando o gado é abatido antes desse período, o nível do vermífugo pode ultrapassar o limite estabelecido.

Para minimizar o problema, a Abiec está pedindo ao Ministério da Agricultura o fim das vendas de ivermectina de alta concentração. "Enquanto esse produto estiver à venda, vamos continuar perdendo mercado", afirma.

Para o Sindan, que representa a indústria veterinária, não há motivo para restringir o uso da vermífugo: "Quando aplicada adequadamente, a ivermectina de alta concentração possibilita longos intervalos entre os tratamentos, o que é adequado ao tipo de manejo extensivo do Brasil".

Essa é mais uma tentativa dos frigoríficos de acabar com o problema. Em 2012, o ministério endureceu as regras para o uso do vermífugo em confinamentos, mas Sampaio diz que falta fiscalização.

O Ministério da Agricultura informou que vai criar um grupo de trabalho --formado por pesquisadores, pecuaristas, indústrias de carnes e de produtos veterinários-- para reavaliar os critérios para a venda e a aplicação desse vermífugo nos animais.

Finalizado O plantio de trigo está encerrado na Argentina. O cereal foi cultivado em 3,9 milhões de hectares, abaixo da previsão anterior da Bolsa de Cereais, de 4 milhões de hectares. Em relação à safra passada, porém, houve aumento de 22%.

Custo alto A pecuária de corte viu os seus custos aumentarem 4,5% no primeiro semestre deste ano, mostra estudo da Confederação Nacional da Agricultura e do Cepea. O preço do boi gordo acompanhou parcialmente, com alta de 2,8% até junho.

Motivo Subiram os preços de bezerros, suplementos minerais e mão de obra. Mas a situação do pecuarista é melhor do que a de 2012, quando o boi gordo caía 8,8%.

PETRÓLEO

+1,14%

Ontem, em Nova York

TRIGO

-1,29%

Ontem, em Chicago

Preço do feijão cai 36% em um mês no campo

O preço do feijão não para de cair. Segundo pesquisa da Folha, a saca do tipo carioquinha de boa qualidade, que ultrapassou R$ 200 há um mês, ontem foi negociada a R$ 136, em média, no campo.

A desvalorização se intensificou na última semana, quando o preço do feijão recuou 14%. Em 30 dias, a retração chega a 36%. Mas, apesar da queda recente, a leguminosa ainda está 8% mais cara do que há um ano.

Vlamir Brandalizze, analista do setor, afirma que o alívio é temporário.

Os preços devem continuar em queda nas próximas duas a três semanas, período em que a produção de Minas Gerais, Goiás e São Paulo --colhida neste momento-- será suficiente para abastecer o mercado. "Nos próximos meses, teremos avanços."


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