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Renda média do trabalhador recua pelo 5º mês seguido

Reajustes salariais também foram menores no primeiro semestre na comparação com 2012, segundo o Dieese

Inflação mais alta foi um dos motivos que dificultaram as negociações de aumentos

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Dois indicadores divulgados ontem mostram que a renda dos trabalhadores brasileiros e seu poder de compra foram reduzidos no primeiro semestre deste ano.

Por um lado, subiu a proporção de acordos salariais que ficaram abaixo do INPC (índice de inflação usado nas negociações), enquanto caiu a porcentagem das categorias que conseguiram superá-lo.

Por outro lado, a renda média real, pesquisada pelo IBGE, teve em julho a quinta redução consecutiva, ao recuar 0,9% ante junho.

Correções salariais menos generosas ou mesmo abaixo da inflação são um dos motivos para essa redução na renda média, segundo Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

O dado do IBGE, no entanto, retrata o rendimento de todos os trabalhadores, e não só dos assalariados.

Para Mariana Hauer, economista do Banco ABC Brasil, a queda no rendimento médio acende uma "luz amarela". "É algo para preocupar, apesar de não ter sido surpresa", afirmou.

NEGOCIAÇÕES

A aceleração dos índices de inflação é um dos motivos que dificultaram as negociações de reajustes salariais, segundo José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese.

"Em maio deste ano, o INPC acumulado era de 7,16%. Em maio de 2012, era 4,88%", exemplifica. "Esse é um fator decisivo para os reajustes, além do baixo crescimento econômico e da questão cambial, que afeta os negócios de determinadas atividades das empresas."

O levantamento feito pelo Dieese mostra que, do total de 328 acordos analisados, 8,5% não conseguiram sequer zerar as perdas da inflação nos salários, maior nível desde 2008.

No primeiro semestre de 2012, esse percentual havia sido de apenas 0,9%.

GANHOS MENORES

Mesmo entre os que tiveram reajuste acima da inflação houve uma retração em relação ao ano passado no tamanho do ganho real.

Em média, o aumento real no primeiro semestre de 2012 foi de 2,26%, ante 1,19% no mesmo período deste ano.

De janeiro a junho, 84,5% dos acordos tiveram reajustes acima da inflação. Em igual período do ano passado, foram 96,3% dos acordos.

Para o segundo semestre deste ano, a perspectiva é de melhora nos resultados, uma vez que a inflação acumulada está em patamares inferiores ao do primeiro semestre.


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