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Governo quer facilitar acesso a curso técnico

Secretaria ligada à Presidência da República estuda medidas para melhorar formação de jovens mais vulneráveis

Fundação de banco busca ampliar chances de trabalho com o incentivo à circulação pelos centros urbanos

DE SÃO PAULO

Cerca de 2,5 milhões de jovens brasileiros que têm entre 15 a 29 anos provavelmente nunca concluirão a quarta série do ensino fundamental.

A estimativa é da SAE (Secretaria de Ações Estratégicas), ligada à Presidência da República, com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Segundo Diana Grosner, diretora da SAE, melhorar a formação dos jovens em situação mais vulnerável é um desafio urgente, apesar do avanço da escolaridade no país nos últimos anos.

"Existem muitos programas voltados para a juventude, mas precisamos avaliar sua efetividade", diz.

Esse é um dos focos da SAE atualmente: "Estamos conversando com especialistas para tentar entender e identificar as diferentes situações em que os jovens ficam sem estudar e trabalhar".

Uma das ideias discutidas pela SAE é facilitar a permanência dos jovens nos cursos profissionalizantes oferecidos pelo governo. Uma saída poderia ser diminuir o tempo de duração dos módulos.

MENOS BARREIRAS

Isabel Santana, superintendente da Fundação Itaú Social, afirma que o programa "Jovens Urbanos", patrocinado pela instituição, conseguiu atrair mais adolescentes em situação vulnerável quando eliminou a exigência de estar frequentando a escola para participar do projeto:

"Nós retiramos essa condição porque percebemos que, para muitos jovens, isso era uma barreira", afirma.

Mas, depois que entram no projeto, os jovens se sentem estimulados a voltar a estudar, segundo Santana.

O objetivo do "Jovens Urbanos", que não é profissionalizante, é ampliar a circulação pelos centros urbanos dos adolescentes que vivem em áreas mais pobres e afastadas. "Em São Paulo, há jovens que moram no Campo Limpo e nunca foram à avenida Paulista", diz Santana.

Segundo ela, os jovens precisam aumentar seu "repertório cultural" para ter melhor desempenho no ambiente de trabalho no futuro.

A Fundação Itaú Social identificou que os jovens que participaram do programa, lançado em 2004, ampliaram em 50% a chance de conseguir um emprego em comparação com outros que viviam nos mesmos bairros.

Nayara Silva Costa, 15, que participa atualmente do "Jovens Urbanos", chegou a ficar um semestre fora da escola no ano passado.

A adolescente afirma que perdeu o interesse pelas aulas e não se sentia incentivada pela escola.

"Eu comecei a faltar e nem me ligavam da escola para saber o que estava acontecendo. Acabei parando de ir."

No início do ano, Nayara voltou a estudar. Desde março, também participa do "Jovens Urbanos", que, segundo ela, despertou seu interesse pela fotografia.


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