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Atualizar plano evita surpresas no resgate

DE SÃO PAULO

Para não ver a sua renda minguar no resgate, o investidor deve reavaliar condições, taxas e rentabilidade de seu plano de previdência pelo menos uma vez por ano, afirmam especialistas.

São poucos os clientes que fazem essa revisão regularmente, diz Marcia Dessen, planejadora financeira e colunista da Folha. Segundo ela, o investidor que contratou um plano em um cenário de juro alto não se preocupa em refazer as contas para saber como a queda da taxa básica afeta a sua aplicação.

"Alguém que ignora a situação e espera chegar aos 70 anos para ter uma reserva boa pode descobrir que a renda é menor do que pensava. Se souber agora, pode levar um susto, mas tem tempo para replanejar", diz.

Essa análise também é importante para o investidor saber se precisará aumentar a sua contribuição ou realizar aportes por um período maior para alcançar a renda desejada, afirma Dessen.

"Se a pessoa não fizer nada, terá que aprender a viver com menos justamente na fase da vida em que não quer diminuir o poder aquisitivo."

Ainda que a renda desejada não esteja em risco, as contribuições devem ser revistas regularmente, para que acompanhem o aumento salarial, afirma o planejador financeiro Valter Police Jr.

O investidor pode estabelecer um percentual de poupança e mantê-lo ao longo da vida, diz. Assim, quem poupava R$ 500 quando recebia R$ 5.000 deve ampliar o aporte para pelo menos R$ 1.000 caso o salário dobre.

É importante também ficar de olho no perfil dos fundos escolhidos. Os mais jovens podem escolher planos mais agressivos, com mais investimentos em renda variável. Se houver perdas devido a condições ruins de mercado, elas podem ser compensadas com ganhos no longo prazo, afirma o planejador financeiro.

Conforme o investidor envelhece, deve mudar para planos com perfis mais conservadores, para se precaver de eventuais prejuízos que não terá tempo de compensar.

"Mas isso não quer dizer que seja preciso zerar a renda variável do plano. Basta reduzir o percentual", diz.

CUSTOS

Acompanhar de perto o plano ajuda o cliente a perceber quais os gastos que ele tem com taxas de administração (que incidem sobre todo o dinheiro poupado, inclusive a rentabilidade) e de carregamento (paga na aplicação e/ou no resgate).

Se perceber que as taxas estão altas, o investidor pode mudar de plano ou de seguradora e optar por um produto com custos mais atraentes, afirma Police. "É possível encontrar opções com as mesmas características do produto contratado, mas com taxas menores. Tudo o que conseguir enxugar ajuda."

Há ainda clientes que se casam, têm filhos ou se divorciam e se esquecem de mudar seus dados cadastrais na seguradora, incluindo ou retirando beneficiários.

Mas Police lembra que esse status não muda automaticamente. "Se não atualizar, o investidor pode deixar dinheiro para alguém que não quer ou excluir alguém da partilha dos recursos", diz.


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