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Temor sobre conflito na Síria valoriza petróleo e derruba Bolsa

Bovespa fecha em baixa de 2,6%, sob influência da Petrobras

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Em um dia de queda das Bolsas do mundo todo diante da perspectiva de intervenção militar dos EUA na Síria, o mercado de ações brasileiro fechou em baixa de 2,6%, aos 50.091 pontos. Em Nova York, o Dow Jones caiu 1,14%.

A chance de intervenção cresceu após Washington dizer que o regime de Bashar al-Assad usou armas químicas.

"Um possível ataque dos aliados dos EUA contra o governo sírio é um ponto de cautela a mais no mercado, que já vem sofrendo com as indefinições sobre o estímulo econômico americano", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho.

A possibilidade de conflito na Síria afeta o petróleo e pressiona os preços das commodities em geral, com reflexo nas Bolsas e especialmente na brasileira, que tem grande peso nesse segmento.

Embora não seja grande produtora de petróleo, a Síria está próxima das principais rotas marítimas do mundo para transporte do combustível.

A preocupação no mercado é que um ataque americano possa bloquear a circulação do petróleo ou afetar regiões ricas na matéria-prima, como Arábia Saudita e Irã.

O petróleo negociado em Nova York fechou ontem em alta de 2,95%, aos US$ 109,01 por barril --maior cotação em 18 meses. Em Londres, a alta foi de 3,56%, para US$ 114,29, maior valor em seis meses.

No Brasil, as ações mais negociadas da Petrobras (preferenciais, sem direito a voto) caíram 4,07%, para R$ 17,45. No ano, a baixa é de 10,6%.

A alta do petróleo é ruim para a Petrobras porque a estatal, embora tenha que pagar mais por derivados --como a gasolina-- comprados no exterior, não repassa esse valor ao mercado interno em razão da política de controle de preços do governo.

DÓLAR

Com investidores do mundo todo em busca de aplicações consideradas de menor risco, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu ante 21 das 24 moedas emergentes mais negociadas.

No Brasil, a moeda avançou 0,36%, para R$ 2,395, apesar da intervenção do BC, que vendeu, conforme o programado, contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 0,67%, para R$ 2,368.


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