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Com economia fraca, empresas reduzem benefícios

Pesquisa mostra prioridade a gasto com saúde e corte em concessões como clube e motorista

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

A desaceleração da economia atingiu a concessão de benefícios a empregados das companhias brasileiras.

Neste ano, elas passaram a priorizar os benefícios coletivos, como plano de saúde, e a diminuir os concedidos de forma individual.

Os dados constam em pesquisa da Aon Hewiit, consultoria em benefícios e capital humano. O levantamento foi realizado com 261 empresas de diversos segmentos e regiões do país e será apresentado hoje em seminário.

Um terço delas fatura até R$ 20 milhões por ano e quase a metade emprega até 500 funcionários. Juntas, representam 942 mil pessoas --somados os trabalhadores e os seus dependentes.

Entre os benefícios mais cortados pelas empresas, na comparação com o estudo anterior, estão os concedidos a funcionários de alto escalão dessas companhias: clube, motorista particular e segurança.

Em 2011, participaram do estudo 219 empresas --metade da mostra é formada pelas mesmas companhias.

"Quando o Brasil era a bola da vez, para reter talentos e atrair mão de obra qualificada, o pacote de benefícios era feito sob medida e mais focado no indivíduo", diz Humberto Torloni Filho, vice-presidente técnico da área de benefícios da consultoria.

Neste ano, segundo o executivo, as companhias estão "tirando o pé do acelerador" e "estão mais preocupadas em democratizar os benefícios" --para um maior número de funcionários.

As empresas mais afetadas pelo cenário econômico e que passaram a redistribuir os benefícios são as do setor industrial --metalúrgicas, químicas, fabricantes de máquinas e equipamentos e do setor automobilístico.

Entre as que têm mantido o mesmo nível de benefícios estão as de infraestrutura, construção civil e óleo e gás.

MAIS PESO

A saúde é o benefício com maior peso na folha de pagamento das empresas --varia de 8% a 12%. A previdência complementar responde por cerca de 4% --no passado, foi o benefício de maior peso.

"Em relação ao gasto médio com planos de saúde, as companhias tiveram um aumento nos custos da ordem de 13%, ante uma inflação de 6%", diz Torloni Filho.

O gasto médio com assistência médica com o presidente de uma companhia é de R$ 497,77. Com um funcionário da produção, horista, o gasto é de R$ 158,53.


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