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Argentina pode cair em 'calote técnico', afirmam analistas

País mostra intenção de pagar credores, mas só sob seus termos

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Cristina Kirchner deu um recado à Justiça dos EUA e a credores da Argentina ao reabrir, pela terceira vez, a negociação da dívida externa, disseram analistas à Folha: "Temos uma dívida e queremos pagá-la, mas vamos conversar".

"Ela calou o argumento de que a Argentina não quer pagar", disse Ramiro Castiñera, da consultoria Econométrica.

Cristina anunciou anteontem o envio de um projeto à Câmara para ofertar aos credores uma reestruturação da dívida do país, que era de US$ 100 bilhões no calote de 2001, seguindo os termos usados nas operações de 2005 e 2010, às quais nem todos aderiram.

O movimento reverte sua promessa de interromper a troca de títulos e a lei que proibiu a reabertura de negociações, ambos de 2010.

Mas pode ter vindo tarde, afirma Juan Pablo Ronderias, da consultoria Abeceb.

Na semana passada, a Justiça de Nova York ordenou ao país pagar US$ 1,4 bilhão a fundos que não aderiram às operações anteriores. A Argentina recorreu, e o caso está na Suprema Corte dos EUA.

Mas, se Cristina insistir em só executar pagamentos sob a lei argentina e focar apenas os credores que aceitarem seus termos (93% da última vez), a Justiça americana pode impedir o país de honrar a dívida, alertam analistas.

Seria o chamado "default técnico" --na prática, calote.

"Alterar o modo de pagamento pode não ser bem-visto" pela Suprema Corte, avalia Marcelo Etchebarne, advogado na renegociação de 2010. Já a reabertura do diálogo "evita que as ações [legais] se multipliquem".

Análise
Argentina busca tempo
folha.com/no1332899


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