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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Produção de açúcar ficará abaixo do esperado

Apesar da valorização do dólar, que beneficia as exportações, a produção de açúcar será menor que a esperada inicialmente na região centro-sul, responsável por cerca de 90% da safra de cana.

As geadas e as chuvas de julho afetaram a quantidade de açúcar total recuperável (ATR) na cana, o que impõe limites à fabricação de açúcar, afirma Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, especializada no setor.

Segundo ele, a produção de açúcar na safra 13/14, que começou em abril, será 1,1 milhão de toneladas menor do que a esperada anteriormente e somará 34,18 milhões de toneladas no centro-sul. O volume ficará quase estável em relação à safra passada.

Da quantidade total de cana processada desde o início da safra até o dia 16, 43,6% foram destinados ao açúcar, informou ontem a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar). Esse percentual está abaixo dos 48,7% e 47,1% do mesmo período de 2012 e de 2011, segundo a entidade.

Com os limites impostos na escolha pelo açúcar, a participação do etanol na safra aumentará de 53,8% para 54,7%, segundo a Datagro.

De acordo com a nova estimativa da consultoria, serão produzidos 25,35 bilhões de litros de etanol na safra 13/14, superando a estimativa inicial em 170 milhões. Do total, 11 bilhões de litros serão destinados ao anidro, e 14,3 bilhões, ao hidratado.

Além da quantidade de açúcar na cana abaixo do esperado, os eventos climáticos também vão provocar uma leve queda no volume moído.

O centro-sul deve processar 584,8 milhões de toneladas de cana na atual safra, segundo a Datagro, que antes estimava o processamento de 586,1 milhões de toneladas.

Nastari diz que as perdas com as geadas chegam a 7 milhões de toneladas na região.

"Embora a cana bisada [deixada no campo de uma safra para a outra] seja mais afetada, algumas usinas terão perda de moagem."

De acordo com a Unica, 315 milhões de toneladas foram processadas no centro-sul até o fim da primeira quinzena deste mês, alta de 20,7% ante o mesmo período de 2012. Com a trégua das chuvas nos 15 primeiros dias deste mês, as usinas operaram perto do limite de sua capacidade.

Realização Os preços dos grãos devolveram, ontem, parte da forte alta registrada no dia anterior. O milho caiu 3,1%, e a soja, 0,96% na Bolsa de Chicago. O calor e o clima seco na principal região produtora dos EUA, no entanto, ainda preocupam.

De novo, o clima O nervosismo do mercado diminuiu após novos boletins meteorológicos indicarem que a onda de calor no Meio-Oeste americano vai diminuir no início da próxima semana.

Renda em alta A renda dos agricultores americanos será quase recorde neste ano. O lucro líquido no campo será de US$ 120,6 bilhões, crescimento de 6% ante 2012, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

Revisão O volume colhido nas lavouras americanas vai mais do que compensar a queda nos preços das commodities, avalia o Usda. O lucro do setor, ajustado pela inflação, será o segundo maior registrado desde 1973. Sem o ajuste, será o mais alto.

Precioso 1 A instabilidade política no Oriente Médio aumentou a procura por ouro, visto como porto seguro por investidores. A onça-troy (31,1 gramas) subiu 1,98% em Nova York, para US$ 1.421 --o maior valor em três meses.

Precioso 2 A incerteza econômica no país também tem elevado a demanda no país. Em agosto, o ouro avançou 10% na BM&FBovespa.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Mercado interno

Café
(R$ por saca)287,75

Arroz
(R$ por saca)34,29

Nova York

Açúcar
(cent. de US$)*16,46

Algodão
(cent. de US$)*84,50

*por libra-peso


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