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Para governo, PIB moderado vai ajudar a combater inflação

Segundo equipe econômica, ritmo atual é o apropriado para evitar repasse da valorização do dólar para os preços

Expansão da economia no 2º trimestre deixou Planalto mais otimista com o desempenho do PIB neste ano

VALDO CRUZ SHEILA D'AMORIM DE BRASÍLIA

O governo Dilma aposta num "crescimento razoável" neste ano, pouco acima de 2%, para garantir um cenário de inflação sob controle e condições para que 2014 seja um ano melhor na economia do que o atual.

Na avaliação da equipe econômica, o ritmo da economia deste ano não será "catastrófico" nem "o desejável", mas o apropriado para o momento de turbulências na economia.

A velocidade moderada, segundo o governo, evitará um repasse forte da valorização do dólar para os preços, facilitando a vida do Banco Central no combate às pressões inflacionárias.

Para o governo, o mais importante, nesta reta final de ano, é reverter o clima de "pessimismo" e "desconfiança" que tomou conta dos investidores e empresários desde o início de 2013.

Daí a importância depositada nos leilões de concessão de rodovias, portos e aeroportos, além do pré-sal.

O sucesso dos leilões, aposta o Planalto, deve fazer com que o ano da reeleição seja de retomada dos investimentos, garantindo um crescimento da economia maior que o deste ano e revertendo algum sinal de alta de desemprego.

A expansão de 1,5% do PIB no segundo trimestre deixou o governo mais otimista com o desempenho neste ano.

Para assessores presidenciais, caso o país fique praticamente estagnado no segundo semestre, a economia deverá registrar um crescimento de até 2,5% em 2013.

A equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda) espera que o terceiro trimestre não seja tão ruim quanto a previsão do mercado, que calcula um recuo de 0,5%.

Assessores presidenciais acreditam que os primeiros sinais de melhora já começam a aparecer neste trimestre, como o crescimento da fabricação de veículos.

Para o BC, porém, o cenário é mais incerto. Há uma avaliação de que o real vem sendo punido, desvalorizando muito no cenário de turbulência externa, porque o país tem um dos mercados futuros mais sofisticados, desenvolvidos e líquidos no mundo, o que facilita a movimentação de investidores.

Com isso, é de esperar que a volatilidade do dólar continue prejudicando o país, gerando pressões inflacionárias, que podem ser minimizadas pelo ritmo moderado da economia.

O lado positivo, que deve ser mais sentido em 2014, é que o real mais fraco aumenta a competitividade da indústria, ajudando a elevar as exportações e a reduzir o rombo nas contas externas.


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