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Dólar atinge menor valor em um mês após dados da China

Moeda caiu 0,77% em relação ao real, para R$ 2,279, com os investidores migrando para o mercado de ações

Ibovespa subiu 0,93%, ao maior patamar desde maio, puxado pelo desempenho das ações da Vale e da Petrobras

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Dados positivos da balança comercial chinesa provocaram a valorização da maioria das moedas emergentes ontem, inclusive a brasileira. A cotação do dólar fechou no menor patamar em um mês.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 0,77% em relação ao real, cotado em R$ 2,279 --menor valor desde 12 de agosto. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, teve baixa de 1,12%, a R$ 2,278 --menor preço desde 9 de agosto.

O saldo comercial da China atingiu US$ 28,52 bilhões em agosto, bem acima do estimado (US$ 20 bilhões) e do valor contabilizado no mês anterior (US$ 17,82 bilhões). As exportações chinesas cresceram 7,2%, enquanto as importações aumentaram 7,0%.

"O real seguiu a tendência das principais moedas e se valorizou em relação ao dólar após os dados positivos da China terem aumentado o apetite por risco entre os investidores, que migraram para ações", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

O dólar só teve alta em relação a 4 das 24 principais moedas emergentes ontem.

O real ficou entre as que mais se valorizaram, junto com a moeda da Indonésia e o peso filipino, entre outros.

Segundo Galhardo, a apreciação do real foi maior do que a de outras moedas emergentes por causa do programa de intervenções diárias do Banco Central.

"A queda do dólar também reflete uma mudança na posição dos bancos, que passaram a apostar na queda da moeda no mercado futuro", diz Tarcisio Rodrigues, diretor do Banco Paulista.

BOLSA

A melhora na balança comercial da China, principal parceira comercial do Brasil, também teve impacto positivo sobre a Bolsa brasileira. O Ibovespa fechou em alta de 0,93%, a 54.251 pontos, no maior nível desde 29 de maio.

"A China é uma grande consumidora de commodities e, por isso, as grandes empresas brasileiras de matérias-primas subiram", afirma João Brügger, analista da Leme Investimentos.

"Esses papéis têm forte representatividade no Ibovespa, por isso ajudaram o índice a fechar no azul", acrescenta. As ações mais negociadas da Vale fecharam em alta de 2,70% --a China é o principal consumidor do minério produzido pela companhia.

Também ajudou a impulsionar o Ibovespa a alta de 2,31% das ações mais negociadas da Petrobras. "A empresa também foi ajudada pela produção recorde de gasolina e diesel no mês passado", diz Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.

"A alta não reflete os fundamentos da empresa, pois eles estão complicados. O mercado já deve estar considerando que haverá um reajuste nos preços dos combustíveis. Caso o reajuste não se confirme, é possível que o papel da estatal sofra uma queda nos próximos dias", afirma Brügger, da Leme.

Em sentido oposto, as ações da OGX, petroleira de Eike Batista, fecharam o dia em queda de 17,3%, a R$ 0,43, após o empresário ter questionado a validade do exercício da opção concedida por ele à OGX que o obriga a injetar até US$ 1 bilhão na companhia.


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