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Eike questiona injeção de recursos; OGX é rebaixada

Petroleira quer que empresário invista mais US$ 1 bilhão, como prometido

Fitch passa a classificar empresa como de risco 'excepcionalmente alto', com inadimplência 'iminente ou inevitável'

DO RIO DE BRASÍLIA

O empresário Eike Batista questionou a decisão da diretoria da OGX de exigir que ele injete até US$ 1 bilhão na petroleira por meio de aumento de capital.

Na sequência, a agência Fitch voltou a rebaixar a nota de classificação da companhia, com risco de crédito "excepcionalmente alto" --passou de CCC para C, com inadimplência "iminente ou inevitável".

Em comunicado à empresa, Eike informou que pretende abrir procedimento na Câmara de Arbitragem do Mercado se a disputa não foi resolvida em 60 dias.

A Folha apurou que o empresário pretende argumentar que as condições da OGX mudaram drasticamente desde que o acordo foi assinado e, por isso, a injeção não se justifica agora.

Segundo fontes próximas a Eike, o contrato foi firmado num momento em que a desconfiança do mercado começava a atingir as ações, mas ainda havia um "robusto" plano a ser seguido.

Em outubro do ano passado, diante da desconfiança dos investidores, o empresário concedeu o direito de a companhia exigir que ele subscrevesse novas ações ao preço de R$ 6,30. Naquele mês, a cotação média foi de R$ 4,71. Ontem, fechou em queda de 17,31%, a R$ 0,43.

A ideia era capitalizar a companhia. Mas, agora, o capital será usado inteiramente para quitar dívidas.

Outra hipótese é argumentar que a decisão sobre o aumento de capital caberia à maioria dos membros independentes do conselho de administração, não à diretoria.

Após uma série de renúncias, a empresa não possui hoje nenhum conselheiro independente. Procurada, a OGX não comentou o caso.

O presidente da Associação dos Investidores no Mercado de Capitais, Mauro Cunha, disse que o caso é inédito no mercado de capitais brasileiro, mas que só com o contrato será possível avaliar se Eike age dentro da Lei das Sociedades Anônimas.

Alguns minoritários veem mais um argumento para que obtenham indenização do empresário.

Eike pretende convencer detentores de títulos da dívida da OGX a se tornarem acionistas e investirem dinheiro novo na companhia. Caso não consiga, o grupo já trabalha com a possibilidade de recuperação judicial.

Em outra notícia negativa, a empresa informou novo problema operacional no campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, que fez com que a OGX não tivesse produção em mar no mês passado. (DENISE LUNA, MARIANA SALLOWICZ E RENATA AGOSTINI)


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