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Análise

Emprego mais frio segura consumo em 2014

Ligeiro aumento do desemprego traz menos crescimento de renda e menor demanda das famílias por crédito

ALESSANDRA RIBEIRO RAFAEL BACCIOTTI ESPECIAL PARA A FOLHA

Os sinais mais recentes têm sido de desaceleração do emprego na indústria. A pesquisa do IBGE de julho reforçou essa avaliação. O pessoal ocupado assalariado na indústria total, de acordo com o levantamento, recuou 0,2% em julho, considerando a comparação mensal na série com ajuste sazonal, depois de ter cedido 0,1% no mês anterior.

A média móvel trimestral do indicador recuou pelo terceiro mês consecutivo, com retração de 0,2% em julho. Ante julho de 2012, o emprego industrial cedeu 0,8%, acumulando queda de 1,1% nos últimos 12 meses.

A perda de ritmo da economia mais claramente a partir de julho, a consequente acumulação de estoques e as expectativas não muito otimistas para os trimestres seguintes estão por trás do cenário menos favorável para o emprego, não só da indústria mas para toda a economia.

Nessa linha, a pesquisa mensal de emprego (PME) do IBGE e o Caged também apontam para esse esfriamento no mercado de trabalho. De acordo com a PME, a taxa de desemprego, livre de influência sazonal, que chegou a atingir 5,3% em março deste ano, já está em 5,6%.

O Caged, que trata dos empregos formais na economia, mostra a desaceleração na geração de postos de trabalho. A média de empregos formais criados entre maio e julho deste ano atingiu 27.290 vagas, ante 77.196 vagas entre maio e julho do ano passado.

Em linhas gerais, a expectativa é de ligeiro aumento do desemprego, que deve ficar em 5,6% na média deste ano e 5,8% na média de 2014, ante 5,5% em 2012.

O enfraquecimento do emprego deve se refletir em crescimento mais modesto da renda, sustentação da confiança das famílias em níveis mais baixos e menor demanda por crédito.

O efeito será sentido no consumo, que deve ser de 2,3% na média entre 2013 e 2014, ante 4,8% entre 2008 e 2012, limitando consequentemente o crescimento do PIB, que deve ser de 2,4% neste ano e de 2,1% em 2014.


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