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Inferno astral

Eike Batista cita a astrologia para dizer que seu período de má sorte está ficando para trás e afirma que "o bom período começou neste mês"

DE SÃO PAULO

O empresário Eike Batista atribuiu as dificuldades atuais de seu conglomerado às falhas de gestão cometidas por executivos do grupo, à impaciência dos investidores e também à falta de sorte.

Em entrevista ao "Wall Street Journal", o empresário disse ter sido enganado pelo "dream team" (time das estrelas) de diretores contratados para tocar os negócios.

Eike Batista citou até a astrologia para dizer que seu inferno astral está terminando e que está prestes a se recuperar. "Se você olhar o meu mapa astral, esse período não foi favorável", disse. "O bom período? Ele já começou, literalmente neste mês."

O empresário admitiu que não conhecia o suficiente de petróleo para lidar com as limitações da equipe da OGX, maior frustração dos investidores. Eike disse que, por ser executivo da área de mineração, falhou no questionamento dos relatórios apresentados pelos executivos.

O empresário diz que contratou uma equipe com experiência em produção de petróleo, mas sem conhecimento suficiente, por exemplo, da geologia das áreas.

"Sou dono de um grande grupo. Eu, sozinho, não posso fazer isso. Eu poderia ser o dono de um hospital, mas sem 50 cirurgiões das suas respectivas áreas você não é nada. Você não pediria ao dono de um hospital para operar seu rim", diz.

Os negócios no setor de petróleo, disse, foram uma tentativa de criar riqueza e dividi-la, aposta que foi beneficiada pela bolha dos preços da matéria-prima, segundo ele.

REESTRUTURAÇÃO

Eike está no centro de uma das maiores reestruturações empresariais do país. Mergulhado em uma crise de credibilidade e com dívidas superiores a R$ 20 bilhões, o grupo EBX viu o valor de suas empresas ser reduzido a menos de 15% do pico, próximo a R$ 7 bilhões.

"Eu sou o maior perdedor nisso tudo. Eu tentei criar riqueza para todos nós. Essa foi a razão para levantarmos tanto dinheiro --para criar riqueza e dividi-la", diz.

Ele iniciou a venda do seu patrimônio para pagar dívidas e hoje tem posições expressivas só nas empresas que não conseguiu repassar, como OGX e OSX.

Um dos próximos passos pode ser a venda das plataformas de petróleo para levantar cerca de R$ 1 bilhão. Ele não deu detalhes sobre as negociações da venda.

A americana EIG fechou acordo para investir R$ 1,3 bilhão na LLX, empresa de logística de Eike. Ao final do processo, ela será controladora da empresa que constrói o porto do Açu no Rio
folha.com/no1342569


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