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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Indústria de máquinas aposta no final de ano

O pátio da indústria de máquinas agrícolas Case IH, de Sorocaba (SP), está lotado de colheitadeiras. O que pode parecer um problema é, na verdade, uma estratégia para este fim de ano.

O setor de máquinas agrícolas passa por um momento histórico. A ampliação da frota pelo produtor, devido ao recorde de produção de grãos e ao aumento de renda no campo, embala as vendas.

Acrescente-se a isso, o aumento na oferta de crédito a taxas de juro favoráveis, o clima pouco favorável nos Estados Unidos e a alta do dólar.

O resultado é que "2013 será um ponto fora da curva", diz César Di Luca, diretor comercial da empresa, cujas vendas serão recordes.

As vendas têm ritmo mais forte nos últimos meses do ano. De janeiro a agosto, a Case já vendeu 776 unidades, 62,3% mais do que em igual período de 2012.

O mercado está favorável e a empresa se preparou para isso, segundo Mirco Romagnoli, vice-presidente para a América Latina. O pátio está cheio, mas essas máquinas já foram praticamente todas comercializadas, segundo ele.

Mas 2013 vai deixar saudade à indústria de máquinas. Di Luca prevê um recuo em 2014. Mesmo assim, as vendas serão superiores à média dos últimos cinco anos.

Máquinas modernas e mais eficientes, além da necessidade de renovação da frota, vão dar ritmo à comercialização. Para o diretor comercial da Case, 50% dos tratores brasileiros têm mais de 20 anos. As colheitadeiras têm, em média, dez anos. A média nos Estados Unidos é de seis anos para as colheitadeiras.

Di Luca aposta, ainda, que a abertura de fronteiras agrícolas no país e a busca de maior produtividade vão manter as vendas.

As novas máquinas são maiores, mais eficientes e demandam menos mão de obra no campo, reduzindo custos.

Dados da Anfavea indicam que as vendas de colheitadeiras somam 4.992 unidades até agosto. A John Deere tem participação de 40% nessas vendas, seguida da New Holland (30%) e da Case (16%).

No setor de tratores, a comercialização atinge 44,9 mil unidades, com liderança de Massey Ferguson (24%), Valtra (22%), John Deere (21%) e New Holland (19%).

Dor de cabeça O substitutivo ao projeto de lei 1.187/07, em tramitação na comissão de Agricultura da Câmara e que trata das novas normas para a produção e comércio da cachaça e da aguardente de cana, está gerando polêmica no setor.

Nova classificação O parecer final sobre o assunto estabelece a diferenciação por processo ao criar a denominação "cachaça de alambique". Cria uma nova classificação, a "cachaça ou aguardente de cana aditivada".

Desacordo O parecer ainda define aguardente de cana em desacordo com a legislação --diz que é de 48% a 54% a graduação alcoólica, enquanto pela legislação é de 38% a 54%.

Nova alta A arroba de carne bovina foi a R$ 108 ontem no mercado paulista, uma alta de 5% em 30 dias.

Escassez A falta de gado contrasta com a forte demanda externa e com o satisfatório consumo interno, segundo a Informa Economics FNP, consultoria do setor.

Discutir os gargalos é repetitivo, mas necessário

O agronegócio está cansado de encontros e de discussões sobre os gargalos do setor. Hoje e amanhã ocorrerá mais um em Campinas (SP).

Mas Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e presidente do Lide, empresa que promove o encontro, diz que eles são necessários.

Ele diz o porquê. Em encontro semelhante no ano passado, pelo menos dois dos temas discutidos pelo setor foram incorporados no atual programa de safra do governo: orçamento do seguro rural e armazenagem.

Rodrigues diz que ao fim das discussões deste ano será elaborado um novo documento que servirá de base para o governo, o Congresso e o setor privado.

Entre os gargalos a serem discutidos, estão comércio mundial, sustentabilidade, insumos, comunicação e agenda legislativa.


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