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Iron Maiden dribla patrocínio e anuncia cerveja própria

MARCELO SOARES DE SÃO PAULO

No fim do show do Iron Maiden, que encerrou o Rock in Rio às 2h de ontem, o vocalista Bruce Dickinson pegou uma cerveja para se refrescar após duas horas no palco. Mas não era a cerveja do patrocinador do evento.

"A cerveja de vocês é tão ruim que tive de trazer a minha", disse, bem-humorado, exibindo o rótulo e dando o endereço de um site.

Tratava-se da Trooper, cujo rótulo traz a capa do compacto homônimo lançado pelo grupo em 1983. Garrafas da marca estão à venda nos supermercados de São Paulo desde um mês antes do show.

Minutos depois, o site ironmaidenbeer.com estava inacessível, em plena madrugada, com o volume de acessos. Às 8h, continuava fora do ar o site que vende canecas, chaveiros, adesivos, bolachas de chope e até peças de chopeira com a marca de cerveja.

Na noite de ontem, o site funcionava normalmente.

Com duas frases, a maior estrela da atração principal "passava a perna" na Heineken, que pagou R$ 23 milhões pela exclusividade de vender long necks a R$ 10 para os participantes do festival.

Procurada, a Heineken informou esperar detalhes para decidir se tomará medidas.

Além da cerveja, a veia empreendedora do Iron Maiden estava nos tradicionais adereços de palco, no onipresente boneco Eddie e nas camisetas, iguais às do público, vestidas pelos guitarristas.

BANDA-MARCA

O Iron Maiden faz parte de um seleto grupo de bandas com um esquema profissional de relação com os fãs e licenciamento de produtos.

Entram aí o Metallica, o AC/DC, o Kiss e o U2.

A estratégia inclui palcos gigantes, pirotecnia, DVDs constantes, produtos com a marca da banda, uso intenso de redes sociais e, agora, cerveja. Além do Iron Maiden, também batizam cervejas AC/DC, Motorhead, Pearl Jam, Sepultura e Kiss.

Antes do colapso digital da indústria da música, os shows eram feitos para promover a venda de discos. Agora, quando qualquer disco cai na internet antes de ser lançado, os shows viraram o motor de receita das bandas.

É por isso que as turnês se alongam e dão mais voltas ao mundo. A do disco "Rapture of the Deep", do Deep Purple, por exemplo, durou oito anos. Desde 2005, passou cinco vezes pelo Brasil.


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