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Albergues cortejam viajante de negócios

Com decoração mais sofisticada e atrativos não encontrados em hotéis, opção de hospedagem ganha apelo

Preços continuam a ser principal atrativo, mas interação com demais hóspedes e melhora das acomodações pesam

TANYA MOHM DO "NEW YORK TIMES"

Ferdi van't Wout, gerente de uma fabricante multinacional de eletrônicos na Holanda, se hospeda em albergues quando viaja pelo mundo, opção que descobriu por acidente no ano passado.

"Precisei viajar inesperadamente a Copenhagen para uma reunião com colegas", conta. "O prazo era curto, havia um grande evento em curso e encontrar um hotel no centro da cidade, a preço acessível, era impossível."

Por isso, decidiu reservar um quarto individual com banheiro no albergue Generator Copenhagen.

O serviço, estilo e ás áreas públicas para trabalhar silenciosamente e relaxar o impressionaram. Wout não só retornou como se hospedou em uma unidade da rede em Hamburgo, Alemanha.

Os albergues "são bons para os jovens executivos como eu, prontos para conectar em qualquer lugar mas não querem passar as noites sozinhos no quarto", disse Wout, 30.

Associados a mochileiros e grupos de universitários em viagem, os albergues recentemente começaram a atrair adultos mais velhos, famílias e, agora, viajantes de negócios, sobretudo aqueles na casa dos 20 e 30 anos, com orçamentos apertados e que em geral optam pelos albergues mais dispendiosos e mais preocupados com o design.

Josh Wyatt, sócio da Patron Capital, um grupo de capital privado sediado em Londres que controla a Generator Hostels, disse que o tráfego é entre viajantes de negócios mais jovens, no albergue de Copenhagen e nas sete demais unidades europeias da rede.

Em algumas delas, 20% dos hóspedes são viajantes de negócios, em dias de semana, sobretudo fora da alta temporada. Ele atribui a tendência a melhorias nos serviços, acomodações, design, e comida e bebida, áreas nas quais os albergues tradicionalmente não se saem bem.

ALBERGUE-BUTIQUE

Muitos dos hóspedes da Generators estão em começo de carreira e viajam a trabalho sem dispor de grandes diárias. Wyatt diz que o que os atrai é "dormir confortavelmente, ter bons chuveiros e Wi-Fi grátis e o clima descontraído. Se você precisa viajar e tem orçamento limitado, ainda quer se divertir e ficar em um lugar bacana".

Um leito em um dos dormitórios coletivos do Generator Copenhagen custa 20% do preço de uma diária típica em um hotel de negócios médio na vizinhança, e, no Generator Barcelona, a diária é 10% da de um hotel médio, diz.

Os quartos privados nos albergues Generator dessas cidades saem por metade de acomodações comparáveis em hotéis de três estrelas.

A empresa está começando a conduzir campanhas de marketing dirigidas a startups e a executivos iniciantes. Oferece sistemas de reservas raramente usados pelos albergues e lista vagas em sistemas mundiais online.

O setor de albergues cresceu nos últimos anos porque mais gente está viajando e porque a desaceleração da economia mundial comprimiu os orçamentos, segundo a Stay Wise, uma organização sem fins lucrativos que pesquisa tendências de acomodação entre jovens viajantes.

Os albergues, que ao longo dos anos vêm se mantendo lucrativos, estão evoluindo e se afastando do conceito tradicional e rústico, adotando design mais sofisticado e acomodações e serviços melhorados, tendência que surgiu por volta de 2004.

Cerca de 10% dos hóspedes dos albergues são viajantes de negócios, número que vem crescendo 1% ao ano desde 2009, em parte porque "o produto melhorou significativamente de qualidade", diz Laura Daly, gerente de associação da Stay Wise. Ela prevê crescimento maior.

Bjorn Hanson, do Centro de Hospitalidade, Turismo e Administração Esportiva da Universidade de Nova York, diz que a tendência é mais comum fora dos EUA, onde há redes baratas de qualidade.

Giovanna Gentile, relações públicas do HostelBookers.com, afirma que muitos albergues já oferecem confortos de hotéis: quartos com banheiro, piscina, sala de conferência e academia. E extras: salas de entretenimento e jogos, cinemas e cozinhas.

David Orr, do Hostelz.com, nota que deve haver preocupação com localização e perfil. Mas, no geral, a concorrência elevou os padrões. "Há cidades onde os albergues são melhores que os hotéis."


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