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Governo Obama pressiona oposição e diz ter verba só até 17 de outubro

Congresso precisa chegar a um acordo sobre limite da dívida, para não repetir crise de 2011

Impasse de dois anos atrás levou agência a retirar, pela primeira vez, nota máxima dos títulos americanos

DO "FINANCIAL TIMES"

O governo dos EUA aumentou a pressão sobre a oposição republicana e disse que poderá não cumprir com suas obrigações a partir de 17 de outubro se o Congresso não chegar até lá a um acordo para elevar o teto da dívida federal.

"Se não tivermos caixa suficiente à mão, será impossível para os EUA honrarem todas as suas obrigações pela primeira vez em nossa história", afirmou o secretário do Tesouro, Jack Lew, em carta a John Boehner, o presidente republicano da Câmara dos Representantes (deputados), e a outros líderes legislativos.

As dificuldades para o Congresso fechar um acordo para elevar o teto em 2011 levaram a agência de classificação de risco Standard & Poor's retirar, pela primeira vez na história, a nota máxima para os títulos do governo norte-americano.

O rebaixamento americano foi um capítulo marcante da atual crise global.

Lew afirmou que o impasse sobre o limite da dívida em 2011 "causou danos significativos à economia".

"Se o Congresso repetir, em 2013, aquela arriscada aposta, poderá infligir danos ainda maiores à economia. E caso o governo venha a se tornar incapaz de pagar suas contas na íntegra, os resultados podem ser catastróficos".

A disputa quanto à elevação do limite da dívida está correndo em companhia de uma batalha fiscal correlata, na qual os republicanos exigem que qualquer novo Orçamento reduza as verbas da lei de reforma da saúde implementada por Barack Obama em 2010 e conhecida como "Obamacare".

O novo Orçamento tem de ser aprovado até 1º de outubro. Se não for, algumas atividades do governo serão paralisadas depois dessa data.

Não chegar a acordo quanto a uma elevação no limite da dívida pode ser mais grave, disse o governo Obama, com efeitos colaterais sérios sobre os mercados globais e a economia norte-americana.

Na carta, Lew disse que as medidas que o Tesouro vem tomando para pagar as contas se exauririam "no máximo em 17 de outubro".

"Estimamos que, quando isso ocorrer, o Tesouro disporia de apenas cerca de US$ 30 bilhões para honrar os compromissos de nosso país."

Como no caso do Orçamento, Boehner disse que os republicanos da Câmara só votariam uma elevação no limite de dívidas, com prazo de um ano, se Obama postergasse a implementação plena do Obamacare por 12 meses, entre outras medidas.

SEM NEGOCIAÇÃO

Obama declarou que não negociará a elevação do limite de dívidas, porque, caso ele não seja adotado, "a fé e o crédito plenos dos EUA estariam comprometidos".

Boehner diz que governos anteriores negociaram acordos orçamentários com o Congresso para obter elevação no limite de dívidas.

Segundo Lew, Obama "continua disposto a negociar quanto à futura orientação da política fiscal, mas não negociará quanto à necessidade de os EUA honrarem passados compromissos".

Os deputados republicanos aprovaram projeto de lei que permite que o governo priorize os pagamentos de dívidas mesmo que o limite da dívida não seja elevado, medida que o governo rejeita.

"Qualquer plano para priorizar alguns pagamentos de preferência a outros é simplesmente uma moratória com outro nome", disse Lew.


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