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"EUA e Europa não se recuperaram de fato"

Impasse sobre limite da dívida norte-americana ameaça retomada, afirma economista

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

O economista americano Jan Kregel, 69, tem visão pessimista da recuperação global. Diz que a discussão sobre o teto da dívida do governo dos EUA pode devolver o país à recessão e que a Europa, a despeito da aparente retomada, ainda está em crise.

Kregel veio ao Brasil para seminário organizado pelo Minds sobre a reação dos países à crise global de 2009. A seguir, os principais trechos.

Folha - A economia americana está se recuperando? Qual é o cenário para Europa e China?

Jan Kregel - Os EUA estão em uma trajetória de crescimento precária que retornará à estagnação com o impasse sobre o Orçamento federal [neste mês]. Não estão se recuperando.

As condições na Europa também dependerão de decisões políticas de recursos extras para os países do Sul. Hoje, apenas a Alemanha está expandindo sua produção e o emprego, mas isso se deve à extrema tenacidade de suas exportações, especialmente para a China e o resto da Ásia.

Com a redução do crescimento da China e o ganho de competitividade do Japão, concorrente alemão, a demanda externa tende a cair substancialmente.

Portanto, a Europa não está perto de uma recuperação a menos que abdique da política de austeridade. Mas isso é improvável, pois agora muitos acreditam que essa política está funcionando.

Brasil e América Latina estão mais preparados que outros emergentes para a mudança da política de juros nos EUA?

Todos os mercados emergentes passaram a depender das condições globais produzidas pelas medidas monetárias extremas introduzidas pelos Estados Unidos e pela Europa.

O Brasil estava mais ciente dos problemas provocados por essa política, mas as medidas [que o país tomou] eram apenas preventivas, reativas.

Pouco foi feito para se preparar para uma eventual reversão da política.

Efeitos de longo prazo deveriam ser enfrentados com medidas estruturais. O Brasil poderia ser uma economia com dinâmica de crescimento próprio baseado na demanda doméstica. Esse deveria ser o objetivo da política econômica, gerar demanda interna na indústria, com investimentos, para compensar a perda de renda do setor primário.

Leia a íntegra da entrevista com Jan Kregel

folha.com/no1347897


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