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Tesouro ajuda e aeroportos têm recorde de investimento

Desde janeiro, recursos cresceram 50% em relação a 2012, diz Infraero

Embora números ainda sejam tímidos, expansão supera média de 13% de empresas controladas pela União

GUSTAVO PATU DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

Com uma injeção de dinheiro público e a necessidade de apressar obras atrasadas para a Copa do Mundo de 2014, os aeroportos federais recebem neste ano um volume recorde de investimentos.

De acordo com os dados oficiais, a estatal Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) aplicou em reformas e projetos de ampliação R$ 885 milhões até agosto, uma elevação de quase 50% sobre os R$ 592 milhões do período correspondente de 2012.

São números modestos no universo dos investimentos públicos, mas suficientes para uma expansão muito acima da média das empresas controladas pela União, de 13% no período.

A explicação para o resultado não está no combalido caixa da Infraero, mas em recursos aplicados na empresa pelo Tesouro Nacional, originários da arrecadação de impostos e, principalmente, da concessão dos aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos ao setor privado.

A Infraero conta com R$ 1,7 bilhão da lei orçamentária deste ano. O mesmo valor está programado no projeto de Orçamento para 2014, enviado no mês passado ao Congresso Nacional.

Os aeroportos que mais receberam recursos, até agora, foram os de Campinas (onde, apesar da concessão, ainda havia despesas a cargo da Infraero) e de Manaus, uma das sedes da Copa.

Mas as carências do setor são mais antigas e mais amplas. Reformas e ampliações dos aeroportos estão planejadas desde a década passada, mas começaram sob acusações de corrupção e desvio de recursos públicos.

ATRASOS

Os episódios levaram o TCU (Tribunal de Contas da União) a elevar exigências para a elaboração de projetos, o que fez com que as obras da Infraero só começassem a andar a partir de 2011.

Os atrasos estão entre os motivos que levaram o governo a conceder ao setor privado a exploração dos cinco principais aeroportos federais --além dos três já concedidos, há leilões programados até o final do ano do Galeão, no Rio, e do Tancredo Neves, em Confins (MG).

Mesmo com o aumento dos gastos da Infraero, alguns aeroportos com obras previstas para a Copa estão com baixo percentual de execução de obras. São os casos de Rio de Janeiro, Confins, Porto Alegre, Cuiabá, Fortaleza e Curitiba, com menos de 30% de execução até julho.

A maior preocupação é com Fortaleza, onde a ampliação é importante para receber o público do evento. A construção levou só R$ 37 milhões este ano.

Já nas outras unidades, o tamanho dos aeroportos é considerado adequado para o público esperado, mesmo se as obras não estiverem concluídas no prazo.

A obra em Manaus, cuja ampliação é estratégica para a Copa, avançou nos últimos meses, com gastos de R$ 118 milhões de janeiro a agosto.

Isso ocorreu porque os trabalhos foram apressados para aproveitar a temporada seca. A partir de dezembro, as chuvas tendem a comprometer o andamento das obras.


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